Santo António: Figura global apela à solidariedade

Celebração litúrgica do religioso português associa-se a gestos em favor dos mais pobres.

A Igreja Católica celebra a 13 de junho a festa litúrgica de Santo António, que nasceu em Lisboa no final do século XII e se tornou uma figura global da Igreja Católica.

 

Para frei Armindo Carvalho, reitor da igreja de S. António, local do nascimento do santo, diz em entrevista à Agência ECCLESIA que o religioso é “com toda a certeza o português mais conhecido, mais amado e mais espalhado pelo mundo inteiro”.

 

“Eu costumo dizer que Santo António é uma espécie de braço de Deus, permanentemente estendido, protegendo o seu povo, através desta amizade simples que lhes proporciona”, acrescenta.

 

O santo português, que morreu em Pádua, Itália, no ano de 1231, foi o primeiro professor de Teologia na ordem fundada por São Francisco de Assis, tendo ficado famoso pelos seus sermões.

 

O Papa Gregório IX canonizou-o apenas um ano depois da morte, em 1232, também após os milagres que se verificaram por sua intercessão.

 

Pio XII, em 1946, proclamou Santo António como “Doutor da Igreja”, atribuindo-lhe o título de “Doutor evangélico”.

 

Frei Hermínio Gonçalves de Araújo, presidente da Fundação ‘Domus Fraternitas’ e responsável do Convento de Montariol (Braga), refere à Agência ECCLESIA que “são incontáveis as iniciativas relacionadas com Santo António, o santo mais popular de Portugal, o português mais conhecido no mundo”.

 

O religioso franciscano destaca o ‘ Pão dos pobres de Santo António’ como gesto de solidariedade, que se estende a todos os que participam na festa.

 

“Caso queira fazer parte desta nossa história, aceite o nosso convite: olhe para Santo António, olhe para o pão que ele tem na mão, símbolo da solidariedade; tal como ele, partilhe o pão”, convida Frei Hermínio Gonçalves de Araújo.

 

Frei Armindo Carvalho explica, por sua vez, que a igreja de Santo António em Lisboa foi uma construção “muito demorada” e que o serviço social começou com a vinda dos Franciscanos, já quase nove décadas.

 

“O local de encontro é a cripta, com a igreja em cima. À entrada, temos esse serviço social há 87 anos, o chamado pão dos pobres de Santo António”, realça.

 

Esta é uma ajuda aos mais necessitados e distingue-se do chamado ‘pão de Santo António’, “um pão pequenino, que pode durar um ano, dois, cinco anos, sem se deteriorar”.

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