Missa Crismal terá lugar na Sé de Angra no dia 15 de abril, às 11h00

O bispo de Angra vai presidir à Missa da Ceia do Senhor, primeira celebração do Tríduo Pascal, na Quinta-feira Santa, no Estabelecimento Prisional de Angra, no dia 17 de abril, às 16h00, com a comunidade prisional e os voluntários que habitualmente prestam assistência aos reclusos.
Nela decorre o rito do lava-pés, que segundo a tradição deste dia se faz a algumas pessoas escolhidas entre o Povo de Deus e, neste caso, serão reclusos, a quem o bispo de Angra irá lavar os pés, manifestando o serviço e a caridade de Cristo.
Na mensagem para esta Quaresma, D. Armando Esteves Domingues desafiou os diocesanos a terem como guia neste tempo “a lista dos mais necessitados de esperança”, que o Papa Francisco indica na Bula de proclamação do Ano Santo 2025, ‘A esperança não desilude’, dos nºs 9 a 15: os presos; os doentes; os migrantes; os idosos; os milhões de pobres; “mas é sobretudo fortíssimo o seu apelo à esperança dos jovens que muitas vezes, infelizmente, veem desmoronar-se os seus sonhos”. E, neste estabelecimento prisional estão muitos reclusos jovens.
Já a mensagem de Natal do Bispo de Angra foi gravada nesta cadeia de alta segurança, que tem duas alas masculina e feminina.
A Missa da Ceia do Senhor dá início ao Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. É comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
A simbologia do sacrifício é expressa pela separação dos dois elementos “o pão” e “o vinho”. Terminada a oração pós comunhão, deve organizar-se uma pequena procissão, na qual se leva a Eucaristia para a capela da reposição e os altares devem ser desnudados.
Nesse dia , o bispo de Angra também presidirá na Sé, às 20h00.

Mas, é o Domingo de Ramos que inicia o percurso mais importante do ano litúrgico que é a Semana Santa.
São vários os factos repletos de realismo, os que se celebram nesta Semana. Vividos num mistério de fé, são também dramatizados em diferentes expressões propondo a vivência dos quadros da paixão e morte de Cristo na cruz.
A celebração dos mistérios da Redenção, realizados por Jesus nos últimos dias da sua vida, começa pela sua entrada messiânica em Jerusalém. O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a lembrança das Palmas e da Paixão do Senhor. A Missa na Sé de Angra é às 11h00, começando na praça Velha, com uma procissão de ramos. Neste dia recorda-se em simultâneo a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a sua paixão e morte na cruz.
Na Segunda-feira santa deste ano jubilar, o bispo de Angra volta a celebrar em São Miguel e na Terceira a Missa de Renovação das Promessas Sacerdotais, rito que habitualmente integra a Missa Crismal. Assim, no dia 14 de abril, pelas 12h30, D. Armando Esteves Domingues celebrará com o clero de São Miguel e Santa Maria na Igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, e no dia 15 presidirá à Missa Crismal em Angra, na Sé, às 11h00, com o restante clero da Diocese. e todo o Povo de Deus que queira juntar-se ao bispo nesta celebração que simboliza também a unidade em torno do prelado. Durante esta Missa além da renovação das promessas sacerdotais serão abençoados os santos óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do Crisma.
A origem da bênção dos óleos santos e do sagrado crisma é romana. A Missa Crismal tem lugar na terça-feira de modo a que todos os sacerdotes que queiram acompanhar o bispo nesta celebração possam regressar a tempo às suas comunidades.
O Tríduo Pascal começa na quinta-feira, com as duas celebrações já mencionadas.
Na Sexta-feira Santa, D. Armando Esteves Domingues presidirá à Celebração da Paixão do Senhor às 15h00, um momento centrado na Cruz. Não se celebra a missa. O silêncio, o jejum e a oração marcam este dia. A celebração da tarde é uma espécie de drama em três atos: proclamação da Palavra de Deus, apresentação e adoração da cruz, comunhão.
Nesse dia, as ofertas que os fiéis fizerem serão para os Lugares Santos de Jerusalém.
Este ano a coleta torna-se “um recurso imprescindível” refere o prefeito do Dicastério para as Igrejas Orientais que enviou uma carta aos bispos do mundo inteiro a apelar a uma “especial generosidade” para com Custódia da terra Santa, uma instituição católica que tem por objetivo proteger e zelar pelos locais cristãos da Terra Santa.
“Depois da pandemia, a quase completa interrupção das peregrinações e das pequenas atividades que os cristãos criaram contemporaneamente, muitos foram constrangidos ao exílio” constata o prelado.
“Se queremos reforçar a Terra Santa, e assegurar o contacto vivo com os lugares santos, ocorre manter comunidades cristãs, que, na sua variedade, oferecem ao Deus-connosco o seu perene louvor, também em nosso nome. Mas para que isto aconteça, temos absoluta necessidade do dom generoso das vossas comunidades”, prossegue.
O cardeal Claudio Gugerotti, não esconde a sua preocupação pelo drama que os cristãos da região estão a viver e recorda as imagens de “destruição e terror” e de morte que “passam constantemente diante dos nossos olhos nestes tempos de novo calvário, vós fizésseis apóstolos persuasivos deste empenho”.
“A Terra Santa, os lugares santos, o Povo Santo de Deus são a vossa família, porque são património de todos nós. Peço-vos esta coleta como uma das vossas prioridades pastorais: aqui está em jogo a sobrevivência desta nossa preciosa presença, que vem desde os tempos de Jesus”, conclui o prelado. Trata-se de um pedido a que a diocese de Angra se associa.
Ainda nesse dia haverá na Sé a Via-sacra e a procissão da morte do Senhor, às 19h00.

No Sábado Santo, dia 19 de abril, a única celebração que terá lugar é a da Vigília Pascal, às 21h00. O Sábado Santo é dia alitúrgico, e a Igreja concentra-se sobretudo no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro do Senhor. A única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A solene Vigília Pascal, mãe de todas as celebrações da Igreja, celebra a Ressurreição de Cristo, a Luz que ilumina o mundo, e para transmitir esse simbolismo deve ser celebrada não antes do anoitecer e terminada antes da aurora. Cinco elementos compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do Batismo e, por fim, a liturgia Eucarística. Ainda hoje continua a ser a noite por excelência do Batismo. Este ano não estão previstos batismos na Sé.
Depois, no dia 20, domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor , o bispo de Angra presidirá à missa na catedral às 11h00. Estas duas celebrações serão transmitidas em direto pela RTP Açores.