“Sempre que temos intervenções que agridem a natureza estamos a ir contra os projectos de Deus e este é um pecado que nunca se confessa”- Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo

 

 

 

 

Foto: Igreja Açores /CR

No sexto dia da Novena dos Espinhos refletiu-se sobre o mandato conferido por Deus ao homem no cuidado da `casa comum´: “não somos donos mas cuidadores” diz o cónego Manuel Carlos Alves

O cuidado da `casa comum´e a adopção de comportamentos ecologicamente sustentáveis foi o tema da Novena dos Espinhos, que hoje se debruçou sobre a questão ecológica como “algo vital” para a sobrevivência do ser humano e que encerra uma dimensão moral, que diz respeito a todos.

“Temos de perceber que a nossa fé impele-nos a sermos cuidadosos: Deus criou e entregou toda a sua criação ao homem não para sermos donos mas cuidadores, servidores; para tirarmos proveito da natureza para a nossa sobrevivência mas não para abusarmos dela” referiu o reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

“Sempre que temos intervenções que agridem a natureza estamos a ir contra os projectos de Deus;  este é um pecado que nunca se confessa mas temos que ter esta consciência para que possamos encontrar um equilíbrio”, afirmou.

“As consequências que nos são oferecidas como cenários pelos cientistas estão a ser superadas e de uma forma mais célere. Temos de ser capazes de respeitar a criação;  é isto que Deus espera que nós, seus filhos, sejamos uns com os outros e esta solidariedade atuante  não é só para com os viventes mas também com as novas gerações, os nossos netos, os nossos bisnetos” disse o cónego Manuel Carlos Alves apelando a uma “maior consciência ambiental” e sobretudo a “uma maior responsabilidade ética em relação a todas as atividades humanas”.

“Preocupamo-nos mais em limpar do que nos preocupamos em não sujar” alertou ainda.

“Não devemos esperar que outros tomem a iniciativa; temos de adoptar comportamentos ecologicamente sustentáveis” referiu, no último dia da sua pregação nesta novena que prossegue agora nos próximos três dias com outro pregador, o padre José Paulo Machado.

Amanhã, dia 27, o pároco da Fajã de Baixo falará sobre  “O Senhor fará justiça aos pobres da terra (Que justiça? E como o fará?); no dia 28 o tema da pregação é retirado da Carta aos Gálatas- “Cada um recolhe o que tiver semeado” (Gal6,8)  e na sexta-feira será a Carta aos Tessalonicenses- “Quanto a vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem” (2Tess 3,13).

A Novena dos Espinhos termina no dia 1, com a Festa dos Espinhos, que terá como mote  “Ao nome de Jesus se dobre todo o joelho” (Fil 2,10).

A  Novena dos Espinhos é uma das três festas do Festa dos Espinhos, com a festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, no sexto domingo da Páscoa, e a festa do Cristo Rei, no último domingo antes do Advento; estas celebrações podem ser acompanhadas à distância.

Os santuários da Diocese de Angra – cinco santuários diocesanos, três cristológicos e dois marianos – escolheram  a oração como tema e prioridade para este ano pastoral.

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