“Temos de encontrar uma espiritualidade samaritana que alimente a esperança” afirmou o diretor da Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde

Esta tarde, a Igreja Jubilar de São Miguel acolheu a celebração do Jubileu do Doente

Foto: Igreja Açores/CR

O padre Paulo Borges apelou esta tarde à criação de uma espiritualidade samaritana que alimente a esperança, durante  a celebração do Jubileu do Doente assinalando, em São Miguel, o Dia Diocesano do Doente.

“Se eu tivesse a veleidade de deixar uma mensagem para este mundo doente, não só físico, eu concretizaria esta mensagem de esperança na última obra da misericórdia: estive doente e tu visitaste-me” disse o sacerdote em declarações à comunicação social no início da celebração do Jubileu do Doentes promovido e organizado pela Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde, através da Capelania do Hospital do Divino Espírito Santo.

“Este é o compromisso de Jesus: o compromisso do não abandono”, frisou apelando à construção de uma “espiritualidade samaritana, que vá deitando o azeite para alumiar a vida”.

Refletindo sobre este jubileu, “talvez aquele em que a esperança é verdadeira esperança”, o sacerdote recordou que “a esperança só se concretiza nos lugares onde não existem seguranças” e a perda de saúde é um desses lugares.

“Quando todas as seguranças desaparecem é mais fácil ter esperança porque acreditamos que algo nos vai salvar” acrescentou o sacerdote, que é também capelão no Hospital do Divino Espirito Santo e nesta celebração esteve acompanhado para além de voluntários da capelania do padre Hélder Cosme que integra também esta Capelania hospitalar.

“É duro e muito difícil mas é o melhor que nos pode acontecer. Só aí nos lançamos nas mãos de Deus e aí acontece verdadeiramente jubileu”, disse o padre Paulo Borges.

“O doente é o pobre dos mais pobres e a esperança só se concretiza onde ela não existe”, precisou.

Na hora eucarística de decorreu no Santuário do Senhor Santo Cristo, Igreja de Nossa senhora da Esperança, em Ponta Delgada, recordaram-se os doentes, os profissionais de saúde, os visitadores e os cuidadores formais e informais e os ministros extraordinários da comunhão.

“Dirigimos este momento de oração para os cuidadores dos doentes que têm um sofrimento vicário: sofrem pelo outro. De facto, o mundo pode ser melhor quando eu ajudar e for solidário”, disse.

Durante a celebração, os participantes, sobretudo cuidadores e visitadores, foram convidados a acender uma vela, como sinal da luz de Cristo em que se podem transformar através do cuidado, do acolhimento, da companhia ou da ajuda ao mais necessitado.

O padre Paulo Borges, desafiou ainda a assembleia a depositar no altar uma pedra que foi partilhada pelo grupo de voluntárias da Pastoral da Saúde, num gesto alusivo ao evangelho deste V Domingo da Quaresma.

“O pecado deve ser condenado mas ao pecador deve dar-se sempre uma segunda oportunidade, oferecendo-lhe a salvação. É assim que nasce a esperança” disse o padre Paulo Borges a partir da liturgia proclamada.

“Não se elimina o mal matando quem o cometeu mas oferecendo ao pecador uma nova oportunidade” explicitou convidando todos a imitarem a pureza do coração de Maria.

“Não se trata de cultivarmos o perfeccionismo ou um coração vacinado contra o mal, mas de construirmos um coração apaixonado por Jesus e por maior que seja o mal estará sempre cheio de graça”, disse ainda ao sublinhar que Jesus não condenou ninguém, nem a mulher nem os fariseus que encorajavam o seu apedrejamento.

Esta tarde também no Pico foi celebrado o Jubileu do Doente, uma hora eucarística seguida da Eucaristia, animada por profissionais da Unidade de Saúde do Pico. A celebração teve lugar também na Igreja Jubilar da ilha montanha, o Santuário do Senhor Bom Jesus. Este jubileu que contou com a presença de doentes, profissionais de saúde, bombeiros, voluntários, cuidadores informais e ministros extraordinários da comunhão começou com uma hora eucarística seguindo-se depois uma eucaristia, com a celebração do Sacramento da Santa Unção.

A Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde apelou ainda aos párocos para que nas celebrações desde V Domingo da Quaresma pudesse administrar o Sacramento da Santa Unção nas suas paróquias dado que por questões de natureza logística seria difícil uma deslocação em massa de todos os doentes até ao santuário.

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