60º aniversário do Santuário Diocesano do Bom Jesus assinalado com colóquio

“O Senhor Bom Jesus Milagrosos do Pico: olhares sobre uma devoção”, reúne uma dezenas de intervenções entre académicos e investigadores

O Santuário do Senhor Bom Jesus do Pico assinala este fim de semana os 60 anos de elevação a Santuário diocesano, uma decisão do bispo D. Manuel Afonso Carvalho.

De acordo com uma nota enviada ao sítio Igreja Açores, as celebrações começam no dia 1 de julho, com uma Eucaristia solene, às 19h30, que será presidida pelo Administrador Diocesano, seguida da apresentação do livro “Ecce Homo- Num Arquipélago de Evangelização”, da autoria do padre Luís Leal.

No dia 2 realiza-se o colóquio, no auditório Municipal da Madalena do Pico, que abordará a temática desta devoção na vida e na religiosidade do povo açoriano, em especial dos açorianos do triângulo.

Depois da sessão de abertura, às 9h30, decorrerá a primeira mesa que contará com as presenças de Manuel Goulart Serpa, que falará sobre “A manifestação religiosa no Templo e no Adro ao Bom Jesus”, António Carlos Maciel que apresentará “A devoção dos baleeiros de São Mateus ao Senhor Bom Jesus” e do padre Duarte Gonçalves Rosa que apresentará  o tema “Música em louvor do Bom Jesus: temporalidade e transcendência”.

Segue-se a segunda mesa do dia com Débora Goulart e “De perto e de longe – O Culto ao Bom Jesus Milagroso”, Manuel Francisco Costa Júnior com  “Festa do Bom Jesus Milagroso de São Mateus do Pico: Paisagens culturais – sociabilidade e convivialidade profanas” e o padre Hélio Nuno Soares com “Apontamentos para a história do Santuário do Senhor Bom Jesus”.

De tarde, o padre Dinis Silveira falará sobre “O culto do Ecce Homo em São Jorge” e a professora Rosa Goulart sobre “Scripta manent: o culto do Bom Jesus nos testemunhos escritos”. Marta Sofia Bretão apresentará o tema “Bom Jesus Milagroso: estudar para conhecer, conservar para preservar, restaurar para adorar”.

Segue-se a quarta mesa do dia com a intervenção do padre Luís Leal: “O Ecce Homo, um arquipélago Pastoral” e o colóquio encerra com a intervenção de Susana Goulart Costa, docente da Universidade dos Açores, que falará sobre “D. Manuel Afonso de Carvalho: entre os Açores e o Vaticano”.

Este colóquio é organizado pela Ouvidoria do Pico, com a colaboração de Susana Goulart Costa e do padre Hélio Soares, ambos docentes na Universidade dos Açores.

Comissão Organizadora: Marco Martinho, Susana Goulart Costa e Hélio Nuno Soares

O Colóquio conta com o apoio do Centro de Estudos de História Religiosa – Universidade Católica Portuguesa, CHAM – Centro de Humanidades, Santuário do Senhor Bom Jesus Milagroso e Câmara Municipal da Madalena.

É aberto ao publico em geral.

No dia 3 de julho, domingo, às 11h30 é celebrada a eucaristia com Coroação do Divino Espírito Santo da Associação da Mocidade Católica de São Mateus, presidida pelo padre Marco Martinho, Reitor do Santuário Diocesano do Senhor Bom Jesus Milagroso.

O santuário do Senhor Bom Jesus do Pico foi criado por decreto Episcopal de D. Manuel Afonso Carvalho de 1 de julho de 1962.

As festas do Senhor Bom Jesus Milagroso são uma das “mais emblemáticas manifestações religiosas” desta Igreja local e do Arquipélago dos Açores.

A festa remonta a 1862, quando o emigrante Francisco Ferreira Goulart trouxe do Brasil uma imagem do Senhor Bom Jesus,  que desencadeou logo uma invulgar atracção e “uma forte piedade que contagiava as almas”.

“Este templo converteu-se logo num pólo para onde convergia e donde irradiava uma religiosidade popular sem paralelo não só na ilha como nas circunvizinhanças e que viria a determinar a sua elevação à categoria de Santuário Diocesano. Diz-se e escreve-se: o Bom Jesus do Pico. Mas há também, a partir daquela manifestação do sobrenatural, um Pico do Bom Jesus. Um Pico novo e diverso para tantos da sua gente e numa linha de valores humanos, cristãos e eclesiais os mais altos. É da história, duma história ainda não conhecida e divulgada o quanto seria para desejar” refere a página on -line do Santuário

A construção da Igreja  iniciou-se em 1838 e apresenta-se como uma das mais ricas e majestosas da Ilha, com retábulos de talha pintados a azul e ouro. Em 1962 foi elevado à categoria de Santuário Diocesano. Foi recuperada depois dos sismos de 1973 e 1998.

A imagem do Bom Jesus é a figuração iconográfica do Senhor no quadro da sua Paixão em que foi exposto à população na varanda de Pilatos, pelo próprio procurador romano.

A Festa do Senhor Bom Jesus decorre entre 27 de julho e 7 de agosto, tendo como pontos altos sempre os dias 5 e 6 de agosto, quando se celebram as missas e procissão solenes.

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