“Sinto que nós como igreja não estamos a responder às necessidades evangelizadoras do mundo de hoje, que já chegou aos Açores”

O Bispo de Angra quer uma igreja “desinstalada” e atenta. Desafia o clero e os leigos a reinterpretarem as necessidades do seu povo

No inicio do novo ano pastoral apresenta propostas e define instrumentos de pastoral, sem perder de vista 18 anos de episcopado, nem o problema da sucessão

Portal da Diocese- Na linha do que foram as orientações do Conselho Presbiteral de maio, acaba de propor que a igreja açoriana saia e faça uma verdadeira “conversão pastoral”. O que é que quer dizer concretamente com isso?

D. António de Sousa Braga- A igreja diocesana acompanha as recomendações do Papa Francisco: que se faça uma verdadeira mudança. As coisas não podem ficar como estão nem sequer dizer que sempre se fez assim, para justificar a continuidade. Urge uma mudança e, a meu ver, a mudança fundamental do ponto de vista pastoral é fazer com que nós passemos de uma pastoral do enquadramento, própria de um regime de cristandade em que a igreja era a referência e enquadrava as pessoas dentro de um determinado sistema, desde o seu nascimento até à morte, para outro tipo de pastoral. Porque, hoje, tudo é diferente. Nós temos de mudar este estilo pastoral; impõe-se -como dizia um religioso da minha congregação- que consigamos sair da sacristia. Esta é que é a verdadeira conversão pastoral. Não podemos centrar-nos na igreja enquanto instituição mas temos de ir ao encontro das pessoas. Isto é muito diferente do passado: nós não enquadramos as pessoas, vamos antes ao seu encontro para levar a luz do Evangelho.

 

Portal da Diocese- Porque é que a Igreja não fez isso mais cedo, se é isso que nos pede o Evangelho?

D. António de Sousa Braga- O que interessa é que vamos fazer agora. AIgreja tem tido uma enorme intervenção ao nível do apoio social. Mas hoje, quando somos convocados para ir até às periferias, é outro tipo de apoio que está em causa. Não nos podemos esgotar no apoio social. Quando se diz que queremos uma igreja de portas abertas, que saia de si mesma e entre nas periferias, não estamos a falar apenas das questões materiais, mas sobretudo das existenciais.

 

Portal Diocese- O Senhor Bispo tem desafiado o seu clero a fazer essa saída, exortando-o  a “inquietar-se”, a “desacomodar-se”, são expressões que tem utilizado nas suas catequeses. Sente que durante o seu episcopado a igreja açoriana se instalou?

D. António de Sousa Braga– Não é fácil responder a essa pergunta ou sequer fazer esse exame…

 

Portal da Diocese- Mas o senhor tem pedido insistentemente ao seu claro para o fazer. E se o faz é porque sente que as coisas não estão bem…

D. António de Sousa Braga- Sim, sem dúvida. E faço esse pedido em três níveis. Primeiro é preciso conhecer a realidade concreta e julgo que, neste momento, não conhecemos. Depois é preciso tomar consciência da nossa realidade eclesial que está muito marcada pela religiosidade popular. Mas é importante perceber em que medida a igreja está a levar o Evangelho ou se faz o que faz, faz só por tradição. Dou o exemplo das Festas do Senhor da Pedra, onde estive há poucos dias. Esta festa mobiliza milhares de pessoas. É importante que saibamos se as pessoas vão lá por tradição ou pelo Evangelho e como é que nós lidamos com isso.

 

Porta da Diocese- É por isso que nestas orientações de pastoral para o próximo ano há um capítulo dedicado em exclusivo à religiosidade popular?

D. António de Sousa Braga- Sempre considerei a religiosidade popular como um grande desafio. É uma riqueza e é, também, um desafio para que a igreja não pactue com esta ideia de que se fazem as coisas por tradição ou porque sempre se fizeram.

Tenho alguns sacerdotes que me dizem para não ligar a algumas dessas coisas – festas do Espírito Santo, Romarias- porque acham que estas festas são apenas manifestações culturais e não são marcadas nem vivem verdadeiramente o Evangelho. Ora, nós sacerdotes é que temos de encontrar maneiras para nestes momentos também levarmos o Evangelho. Esta é a terceira dimensão que eu defendo: promover e acompanhar a formação do clero de forma a que esteja bem desperto para estas questões para melhor lidar com elas.

 

Portal da Diocese- Ou seja,  o que o Senhor pretende é saber que Diocese é esta, para onde, e por onde vai?

D. António de Sousa Braga- Sim, simplisticamente é isso… conhecer a realidade para depois darmos respostas adequadas ao nosso tempo e aos nosso problemas concretos, que hão de ser diferentes dos de outras dioceses, que não têm por exemplo, o problema geográfico que nós temos. Agora, isto leva tempo. Nós vamos centrar-nos nas periferias ou seja, conhecer a realidade social, cultural e eclesial… mas é só o inicio do processo.

 

Portal da Diocese- Que o Senhor, pelo volume e extensão do trabalho, não vai ter tempo de acabar?

D. António de Sousa Braga– Não, com certeza que não. Mas gostaria de deixar algum trabalho feito para o meu sucessor para que quando entrasse na diocese tivesse um instrumento de trabalho que lhe permitisse conhecer a realidade concreta e atual.

 

Portal da Diocese- O Senhor tem evitado a expressão mas isso é a abertura de um sínodo diocesano…

D. António de Sousa Braga- É uma preparação remota para um sínodo diocesano. A igreja tem que ser sempre sinodal no sentido de caminharmos juntos. Esta caminhada é fundamental. Ao fim de 18 anos de episcopado sinto que nós como igreja não estamos a responder às necessidades evangelizadoras do mundo de hoje, que já chegou aos Açores. Nós já não vivemos num casulo. Os problemas de outras dioceses, os problemas do mundo atual também já estão nos Açores e não podemos fingir o contrário. É preciso, desde logo, envolver os leigos. A nossa igreja continua a ser marcada por um forte clericalismo e isso ainda é tributário do facto de termos muitos sacerdotes. Isso é bom mas temos também de envolver mais os leigos e deixá-los trabalhar.

 

Portal da Diocese- Como é que se pode ter leigos mais esclarecidos e sacerdotes mais comprometidos com aqueles que são os problemas da sociedade?

D. António de Sousa Braga- Precisamos de apostar mais na formação. Temos tido pouca formação mesmo. A todos os níveis. Temos os retiros mas precisamos de formação para o clero e também para os leigos. Por exemplo, uma das áreas onde é fundamental investir é no capítulo da comunicação. Temos de saber comunicar. Temos coisas importantes para dizer mas a forma como o fazemos será determinante. Depois, a mensagem que passarmos tem que ser absolutamente clara e nessa clareza tem que  estar a nossa opção pelos últimos, por aqueles que são negligenciados e excluídos pela sociedade.

No inicio do meu episcopado fazia muitas vezes essa pergunta aos sacerdotes e eles respondiam que naquela paróquia concreta não havia pobres. Como é que é possível? É obvio que havia pobres. O problema é que não eram conhecidos nem ninguém os procurava. Há uma certa mentalidade, infelizmente, de acomodação, de instalação…

 

Portal da Diocese- Mas o que está a dizer até fere os princípios mais elementares da caridade, da misericórdia, da doutrina social da igreja…

D. António de Sousa Braga– Mas é verdade. Falta-nos este estudo e esta atenção. Agora, também, gostava de sublinhar que não é ao Estado ou à Igreja que cabe tudo nem podemos ficar centrados apenas no assistencialismo. É preciso promover a pessoa, a sua dignidade… o caminho a percorrer é longo até no aprofundamento dos princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja.

 

Portal da Diocese- Insisto na pergunta: como inverter essa situação?

D. António Sousa Braga- Tem de haver uma aposta forte na formação do clero, nestes aspetos, ajudando-os a inserirem-se numa nova realidade que vivemos e que atravessa os nossos dias. Acresce a isto, uma inequívoca formação para os leigos. Não basta ser bem intencionado e querer fazer o bem. É, sem dúvida meio caminho andado mas é preciso ter competências e ferramentas para poder prosseguir o trabalho.

 

Portal da Diocese – Que formação é que vai ser desenvolvida?

D. António de Sousa Braga- É uma formação normal que iremos promover já em novembro na semana diocesana, primeiro ao nível de ouvidores e depois dos leigos e sacerdotes, já no final de janeiro e fevereiro. É uma formação na área das dinâmicas sociais. Em relação ao clero, tenho a certeza de que a formação neste ano pastoral vai ser intensa e profícua para aqueles que são os objetivos de pastoral.

 

Porta da Diocese- No último Conselho Presbiteral falou-se muito da necessidade de acompanhamento, sobretudo do clero mais novo que, muitas vezes é lançado em paróquias sem o mínimo de preparação prática e que, depois, não consegue levar por diante o seu ministério. A experiência de párocos in solidum tem sido positiva?

D. António de Sousa Braga- Desde o princípio do meu episcopado que tenho tentado promover o trabalho de equipa- as equipas in solidum- umas têm dado certo outras não. Nos últimos anos temos tido experiências positivas, sobretudo nas ilhas mais pequenas A paróquia é sempre a base, mas o trabalho de equipa é fundamental porque o apoio, a cooperação e o facto de serem várias pessoas a pensar nos mesmos problemas tem vantagens.

Eu diria que já conseguimos mas temos de prosseguir no caminho que acabe com a ideia de que a paróquia é o principio e o fim  de tudo. Porque não é efetivamente…Mas, o balanço que faço é positivo.

 

Portal da Diocese- Tão importante quanto o pastor reconhecer as suas ovelhas é as ovelhas reconhecerem o seu pastor. Ao fim de 18 anos de regresso a casa sente que este grande rebanho açoriano o reconhece?

D. António de Sousa Braga- Não é fácil responder a isto (risos…) Viajo muito dentro dos Açores para estar em contacto com todos… não é fácil fazer esse balanço, sequer…

 

Portal da Diocese- Justamente por ter essa proximidade ao terreno é que pergunto se os comentários do rebanho em relação aos seus pastores o deixam dormir sossegado….

D. António de Sousa Braga- Acho que ninguém está totalmente inserido. Eu próprio viajo muito por todas as ilhas, como já disse e, muitas vezes, sinto que não as conheço. Penso, contudo, que se poderia ter feito e poderá fazer mais e melhor. Eu sou apenas um e por mais que me desdobre não consigo estar fisicamente com todos ao mesmo tempo. Mas, temos procurado fazer o melhor que podemos e sabemos. Trata-se de uma caminhada que temos de fazer sempre conjunto.

 

Portal da Diocese- Deixe-me então fazer a pergunta de outra maneira. Como gostava que se escrevesse a primeira página da sua futura biografia, o Senhor que é o segundo bispo nascido nos Açores a ser Bispo de Angra e que tem enfrentado algumas polémicas particulares?

D. António de Sousa Braga- Nunca pensei muito nisso. Não tenho pretensões nem faço balanços. Acho é que a Igreja de Cristo nos Açores existe e vai continuar, independentemente de quem vier a seguir. O julgamento é sempre uma realidade. Umas vezes é mais justo do que noutras.

Ao longo destes 18 anos os Açores mudaram muito e já não são aquela reserva de cristandade. É preciso que o meu sucessor tenha esta ideia muita clara.

A única coisa que posso, em consciência dizer, é que procurei fazer tudo da melhor maneira possível. Umas vezes terei acertado outras errado profundamente, mas podem ter a certeza que quando tomei diferentes decisões fi-lo sempre a pensar na igreja e no bem comum. Será isto suficiente para que as ovelhas- para utilizar a sua expressão- reconheçam o cheiro do pastor…

 

Portal da Diocese- Há pouco falava na necessidade de um trabalho conjunto. A dispersão geográfica, desde logo, não facilita esse trabalho de conjunto…

D. António de Sousa Braga- Por isso é que a descentralização é fundamental. As ouvidorias ainda não têm a capacidade de mobilização nem o poder necessário para orientarem e mobilizarem a pastoral in loco.

 

Portal da Diocese – Mas não têm essa capacidade porquê? Falta de meios, de vontade ou de apoio da própria Curia?

D. António de Sousa Braga- É um pouco de tudo isso. Na prática, não há instrumentos. A nossa organização continua bastante centralizada na Cúria e os serviços não estão descentralizados.

 

Portal da Diocese- Por culpa de quem?

D. António de Sousa Braga- No inicio do meu episcopado os responsáveis pelos serviços diocesanos circulavam mais e estavam mais presentes no terreno. Agora é mais difícil. Isso custa dinheiro que nós não temos.

 

Portal da Diocese- Está a dizer que a crise financeira condicionou o trabalho da pastoral e por isso as coisas não funcionam?

D. António de Sousa Braga– Sem dúvida que o limitou seriamente. E, ao nível das ouvidorias, elas ficaram entregues a si próprias e não foram capazes de encontrar alternativas. A meu ver as ouvidorias perderam importância e capacidade de mobilização.

 

Portal da Diocese- Sendo o primeiro responsável pela diocese que soluções propõe para inverter essa tendência?

D. António de Sousa Braga- Dando mais poder às ouvidorias. Da experiência que tenho, penso que faltam serviços de apoio aos movimentos. Mas, lá está, isso custa dinheiro porque são precisas pessoas a tempo inteiro.

 

Portal da Diocese- Há quem defenda que dadas as especificidades e mais do que reformas territoriais o que a diocese de Angra precisa é de um Bispo Auxiliar…

D. António de Sousa Braga– Bispo Auxiliar… julgo que não. Se for um coadjutor com direito a sucessão parece-me mais razoável agora um bispo auxiliar para ajudar outro que está a dois anos da resignação julgo que é uma ideia de difícil execução. Até porque, desde logo, nos últimos tempos, não tem sido fácil criar bispos auxiliares em dioceses que nunca os tiveram.

 

Portal da Diocese- Já escreveu a carta a solicitar isso ao Núncio Apostólico?

D. António de Sousa Braga- Não escrevi, mas as coisas já estão mais ou menos acertadas. Tenho a certeza de que quanto mais cedo vier alguém melhor será.

 

Portal da Diocese- Vier? Então isso significa que o seu sucessor não será açoriano?

D. António de Sousa Braga– Não sei… Nem é a mim que me compete decidir isso.

 

Portal da Diocese- Mas gostava que o seu sucessor fosse açoriano?

D. António de Sousa Braga– Sem dúvida, gostava e desejava e até teria nomes mas não é a mim que compete sugerir.

 

Portal da Diocese- Mas há condições efetivas para que isso aconteça?

D. António de Sousa Braga– Objetivamente é possível mas não há um ambiente muito favorável para isso. Nem sequer cá, porque os sacerdotes vê-lo-iam sempre como um igual. Bom, mas também há açorianos que não residem cá atualmente. Eu próprio quando vim, já há muitos anos que estava afastado dos Açores. Em todo o caso não vale a pena insistirmos em exercícios cujo desfecho não depende de nó

 

Portal da Diocese- Na altura em que começa na Diocese um novo ano pastoral, em Roma começa a Assembleia Extraordinária do Sínodo da Família. Que expetativas concretas tem?

D. António de Sousa Braga- Para já, é um acontecimento marcante para a igreja e, por isso, vai influenciar o nosso ano pastoral. Há grandes expetativas. Eu tenho algumas, embora não espere orientações concretas no dia 19 de outubro, quando terminar esta assembleia extraordinária. Acho que esta primeira reunião servirá, sobretudo, para fazer um levantamento de questões não doutrinais mas pastorais.

 

Portal da Diocese- Em que medida?

D. António Sousa Braga- Julgo que há abertura, pelas intervenções e catequeses do Papa, para definir novas linhas de pastoral para a família.

 

Portal da Diocese – Por exemplo as questões consideradas fraturantes, podem ser reequacionadas?

D. António de Sousa Braga– Sim… julgo que haverá uma orientação geral da Igreja no sentido de uma maior descentralização na prática pastoral . Falo da sugestão para que muitas dessas questões sejam transferidas para as conferências episcopais. Sinceramente, julgo que existirão novas respostas.

 

Portal da Diocese- A família nos Açores tem condições para ser uma verdadeira Igreja doméstica?

D. António de Sousa Braga– Julgo que sim. Agora também não podemos ignorar que a família nos Açores também enfrenta problemas semelhantes aos de outras paragens. A família tradicional também aqui tem os seus problemas.

O que falta hoje é um funcionamento normal e capacidade da família em ser testemunho. As famílias mais jovens não têm capacidade para isso. Julgo que a crise que a família atravessa levanta desafios importantes que vão para além dessas questões fraturantes que falou e que têm de ser atendidas, mas não são o único problema que afeta a família enquanto célula base da sociedade.

 

Portal da Diocese – A família está numa situação dificil, é isso?

D. António de Sousa Braga- Sim, sem dúvida…E nós temos de ser capazes de encontrar um apoio, uma solução para essa dificuldade.

 

Portal da Diocese- Estas dificuldades exigem que a igreja dê a mão e isso pode significar para a igreja ter de reconhecer outras realidades de família que não se encaixem no modelo tradicional de Nazaré. Há abertura para isso?

D. António de Sousa Braga– Julgo que sim. A igreja está sempre disponível para acolher toda a gente. Nós não dizemos às pessoas para não virem à igreja, para não participarem na Eucaristia, para não se comprometerem nos movimentos. A nossa perspetiva (pode haver uma ou outra exceção) é sempre a do acolhimento. Nunca fechamos a porta.

Outra questão  é saber que resposta vamos dar para a celebração dos sacramentos. São estas orientações que eu espero que saiam do Sínodo, até porque o auxílio que temos de dar à família não é dizer que tanto faz uma coisa ou outra, porque não é.

Ninguém pode esperar que a Igreja desista dos seus princípios doutrinais, da sua moral. Ninguém a pode mudar. Agora o que temos é de encontrar soluções que integrem as novas situações concretas que resultam deste tempo, sem abdicar do caminho que consideramos certo.

Este é o caminho, se houver desvios cá estamos para ajudar e acolher.

 

Portal da Diocese- Como gostava que se escrevesse a primeira página da sua futura biografia, o Senhor que é o segundo bispo nascido nos Açores a ser Bispo de Angra e que tem enfrentado algumas polémicas particulares?

D. António de Sousa Braga- Nunca pensei muito nisso. Não tenho pretensões nem faço balanços. Acho que a Igreja de Cristo nos Açores existe e vai continuar, independentemente de quem vier a seguir. O julgamento é sempre uma realidade. Umas vezes é mais justo do que noutras.

Ao longo destes 18 anos os Açores mudaram muito e já não são aquela reserva de cristandade. É preciso que o meu sucessor tenha esta ideia muita clara.

A única coisa que, em consciência, posso dizer é que procurei fazer tudo da melhor maneira possível. Umas vezes terei acertado outras errado profundamente, mas podem ter a certeza que quando tomei diferentes decisões fi-lo sempre a pensar na igreja e no bem comum.

 

Portal da Diocese- Quando resignar vai continuar a residir nos Açores?

D. António de Sousa Braga- Não, não seria bom para ninguém. Servirei a minha congregação religiosa dos sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus, onde for preciso. Esta é sempre a ideia que tenho: estar sempre ao serviço. Sempre estive, estou e sempre estarei. É assim que quero ser recordado. Além disso, acho que não seria bom nem para o próximo Bispo nem para mim continuarmos os dois cá.

 

 

Scroll to Top