Bispo de Angra visitou delegação florentina que participou no 23º Encontro Nacional da disciplina de EMRC do primeiro ciclo (Com Vídeo/Ecclesia)
A formação e a atenção aos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) “é fundamental para desenvolver a verdadeira esperança” afirmou o bispo de Angra, que ontem visitou o grupo de crianças das Flores, que participou no 23º Encontro Nacional que decorreu esta quarta-feira em Fátima.
O grupo florentino contou com 13 elementos, entre os quais oito crianças, com idades compreendidas entre os 8 e os 10 anos de idade, de diversas nacionalidades e religiões.
“Esta dinâmica de comunhão é fundamental para a disciplina e quem dera que no futuro pudessem outras ilhas participar também pois temos todos a ganhar com a troca de experiências”, referiu ainda D. Armando Esteves Domingues que, estando em Fátima a participar na Assembleia da Conferência Episcopal, quis deixar “um abraço” ao grupo que, inicialmente, “era maior”.
“Vieram apenas oito porque são crianças muito jovens e é sempre mais difícil movimentá-las, porque a logística é muito grande. Mas ,do grupo apenas duas pessoas já tinham vindo a Fátima o que constituiu uma grande emoção. Agora estas crianças irão regressar às Flores e darão o seu testemunho e havemos de regressar” disse o padre Jorge Sousa, professor de EMRC na Escola das lajes e de Santa Cruz e principal promotor desta participação.
“Há muito que o queríamos fazer” disse sublinhando a “pronta adesão” da escola e de muitos pais.
“Agora fica tudo no coração. Regressamos salgados de lágrimas porque as saudades já apertam” diz o sacerdote que recorda sobretudo as celebrações.
“Houve um menino que ontem na procissão das Velas me disse que queria trazer cá a mãe” revelou o sacerdote.
Mais de 4 mil pessoas de 69 agrupamentos escolares participaram no 23.º Encontro Nacional da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica para alunos do 1.º Ciclo, realizado esta quarta-feira, com o tema ‘Com a EMRC, somos semeadores de Esperança!’, no Santuário de Fátima, numa iniciativa do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), através do Departamento Nacional da EMRC.
A lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário, e também dos cursos profissionais desde que passou a integrar as suas matrizes no ano letivo 2019/2020 (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho).
A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de EMRC, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela; é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.