Escola Diocesana de Música Sacra arranca em novembro com novo programa e desejo de criar um coro de câmara

Formação litúrgica mantém disciplinas regulares, apesar da escassez de formadores, e aposta num grupo coral mais especializado

Foto: Escola diocesana de Música Sacra

 

A Escola de Música Sacra prepara-se para iniciar o novo ano letivo na primeira quinzena de novembro, com encontros regulares na Ermida de Nossa Senhora das Mercês, nos Bairros Novos, em Ponta Delgada. O projeto, que já conta com grande adesão, volta a reunir formadores e alunos (cerca de cem) em torno do objetivo de aprofundar a formação litúrgica e musical.

“Vamos iniciar os nossos trabalhos com a Escola, sempre com o objetivo de termos uma regularidade em termos de encontros”, referiu o padre Marco Luciano Carvalho, diretor, sublinhando que, este ano, foram necessárias algumas mudanças no programa devido à disponibilidade limitada de formadores.

De acordo com o responsável, a principal novidade passa pela readaptação da oferta formativa.

“Nós tivemos que fazer uma readaptação do programa, atendendo a que nem sempre temos as pessoas disponíveis para tudo aquilo que nós gostaríamos de fazer”, explicou.

Assim, a formação geral ficará centrada em três disciplinas: liturgia, canto litúrgico e formação musical, que terão encontros quinzenais, ao longo de todo o ano letivo.

Já a formação específica para organistas, salmistas e diretores de coro- “uma necessidade premente”-  será oferecida apenas em momentos pontuais, em formato intensivo.

“Gostaríamos muito de ter a formação regular destas três disciplinas, como aconteceu o ano passado, mas devido à escassez de formadores não nos é possível garantir esse pacote formativo durante todo o ano. Por isso, estas formações específicas serão feitas em algumas alturas do ano”, esclareceu o padre Marco Luciano Carvalho.

Embora o saldo seja muito positivo, depois deste primeiro ano de arranque da escola, tem havido enormes desafios, que este ano se repetem, e que se prendem com a disponibilidade dos formadores.

 “Precisamos de pessoas habilitadas a formar salmistas, que é uma componente muito técnica, ou organistas”, destacou o padre Marco Luciano Carvalho, recordando que no ano passado a equipa de formadores era mais alargada.

“Um deles, que tinha uma presença muito regular, desistiu, o que obrigou a alguns ajustes” explicou.

Apesar dessas dificuldades, as inscrições continuam a ser expressivas, prevendo-se perto de uma centena de participantes.

“Muitas são pessoas que já estiveram no ano passado e que agora esperam uma certa continuidade para aprofundar os seus conhecimentos”, assinalou.

Entre os grandes objetivos para este ano, destaca-se a criação de um coro de câmara, que se pretende tornar uma referência.

“Para além daquele coro que existe, como todas as escolas de Música Sacra têm, nós vamos este ano tentar formar um coro mais pequeno, mais especializado nesta área. Queremos que seja um coro de referência em termos de escola e do trabalho que está a ser feito ao nível da formação litúrgica para os grupos corais”, revelou o sacerdote que este ano está colocado em Rabo de Peixe, na ouvidoria da Ribeira Grande.

Foto: Escola Diocesana na Festa do Senhor Santo Cristo
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