Semana de 5 a 12 de outubro vai refletir sobre o papel da educação na construção de um futuro iluminado pela fé, pela alegria e pela confiança no amor de Deus

Na nota pastoral divulgada pela Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, os bispos portugueses sublinham que, num mundo frequentemente marcado pela incerteza, pelo medo e pelo imediatismo, a educação cristã deve assumir um papel profético, ajudando cada pessoa a reconhecer-se como portadora de um futuro cheio de sentido.
“Trata-se de uma esperança que habita a pessoa, antecipando-se nela como um frescor no calor tórrido dos dias”, lê-se na nota.
Inspirada pelo Ano Jubilar, a mensagem da Comissão Episcopal destaca que o educador cristão é chamado a ser “embaixador da esperança” e “profeta do amor”, guiando os educandos ao encontro da fonte da verdadeira esperança: o amor de Deus que redime e renova todas as coisas.
A nota refere que o educador não é apenas transmissor de conhecimentos, mas testemunha viva da fé, capaz de acender nos corações o desejo de um mundo mais justo, fraterno e cheio de alegria.
Alertas para os desafios contemporâneos
Os bispos dedicam parte do texto a refletir sobre os desafios atuais da educação, como a fragilidade dos vínculos humanos, a pressão da cultura do descartável e os efeitos da Inteligência Artificial na formação das novas gerações.
Recordando palavras recentes do Papa Francisco, alertam para a necessidade de um uso ético e humanizado da tecnologia, que respeite a dignidade da pessoa e mantenha viva a busca pela beleza, pela verdade e pelo bem.
A nota pastoral propõe ainda a alegria como sinal visível da esperança cristã. Esta alegria — que não é simples euforia, mas uma serenidade interior sustentada pela fé — deve contagiar o ambiente educativo, transformar relações e sustentar o serviço educativo mesmo nas dificuldades.
“A esperança jubilar gera frutos concretos, como a alegria que contagia, o perdão que reconcilia, o serviço que transforma, a gratidão que congrega e a perseverança que sustenta.”
A Comissão Episcopal conclui a sua mensagem com um agradecimento especial a todos os educadores cristãos — professores, catequistas, pais, sacerdotes, animadores e todos os que assumem a missão de educar com esperança, amor e dedicação. Reconhece a sua vocação como um verdadeiro dom para a Igreja e para a sociedade.
A nota termina com uma oração de confiança a Maria, Mãe da Esperança, pedindo a sua intercessão pelas alegrias e os sonhos dos educadores e educandos, e por todos aqueles que, com fé e compromisso, mantêm viva a missão educativa da Igreja.
(Com Educris)