A dinâmica sinodal passa por “escutar, partilhar e integrar fazendo grupo com os diferentes” afirma D. Armando Esteves

Foto: Igreja Açores

O bispo de Angra presidiu este domingo a uma missa de encerramento do primeiro curso de formação de animadores do CNE, na ilha Terceira

O bispo de Angra afirmou este domingo, no Centro de formação escutista do Belo Jardim, na ilha Terceira, que a verdadeira dinâmica sinodal passa por conseguir fazer grupo com “os que são diferentes e pensam de forma diferente”.

“Nós vivemos na Igreja uma caminhada, um percurso para o sínodo e pensar e viver a Igreja sinodalmente é pensarmos todos diferentes” afirmou D. Armando Esteves Domingues destacando que o pior que pode acontecer é pensar num sínodo “fechados numa sala, numa reflexão onde nos juntamos todos, porque todos somos iguais”.

“Temos de ter a humildade de falar e perceber o que nos ajuda a caminhar juntos mas também o que nos dificulta esse caminho e, no final, fazermos a pergunta: o que é que Deus nos disse a todos?”, salientou numa reflexão que propôs aos dirigentes do CNE que durante este fim de semana participaram na primeira formação para animadores escutistas nos Açores, envolvendo dirigentes e animadores de várias ilhas.

“A experiência sinodal é conseguir fazer grupo dos diferentes porque dos iguais já demos conta que é difícil e nem sempre somos capazes, comprometendo a unidade da Igreja” disse ainda o prelado neste primeiro encontro com dirigentes insulares do CNE, transmitido na página do facebook da Junta Regional do CNE.

“Falta-nos, tantas vezes esta coragem de correr pelo `mundo´, perceber quem é o outro, o irmão” disse, desafiando os escuteiros a serem mestres da sinodalidade e do caminho, como foram os primeiros cristãos designados como “díscipulos do caminho”.

“O CNE é uma escola de caminho e o agrupamento não avança sem a diferença e a consideração de todos, desde o pensar do mais novo  até ao mais velho”, afirmou.

“Na Igreja, nós não avançaremos sem isto, sem ouvir os outros, sem os considerarmos e sem os valorizarmos”, disse exortando: “trazei à Igreja este incómodo do caminho”.

“Vamos renovar a Igreja a partir de dentro. Temos muito a fazer para a renovação do mundo, mas temos de contar com todos e dar espaço a todos, a começar pelos jovens”, disse ainda apelando a um compromisso de todos na motivação da juventude açoriana para a vida da Igreja.

Nesta formação, que culminou com a celebração eucarística presidida por D. Armando Esteves Domingues, participaram 30 dirigentes e animadores escutistas de várias ilhas dos Açores.

Scroll to Top