Abertura e transparência na comunicação da Igreja gera maior credibilidade diz jornalista Paula Gouveia

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A jornalista do Açoriano Oriental reflete sobre a mensagem do Papa Francisco para o 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais

A missão da Igreja é comunicar e quando isso não acontece a sua principal missão fica comprometida, afirma Paula Gouveia, jornalista do jornal Açoriano Oriental, a convidada do programa de rádio Igreja Açores, que vai para o ar este domingo.

A partir da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, no próximo dia 21 de maio, “Falar com o coração”, a jornalista aborda alguns dos temas fraturantes da Igreja e mais difíceis para a reputação da Igreja, como por exemplo a questão dos abusos. E, para todos os temas, Paula Gouveia sugere “transparência”.

“Não se pode cair na tentação de esconder o problema; quando se enfrenta o problema isso devolve confiança. Esperamos que nos Açores se enfrentem estas questões com frontalidade e que não se esconda. Numa terra onde as famílias ainda querem educar os filhos na fé cristã, e procuram por exemplo a catequese, toda a gente quer ter confiança nesta instituição” refere a jornalista.

“A pedofilia é um problema que afecta a imagem: quando a nossa ação contradiz o que defendemos há necessariamente uma perda de credibilidade. Por isso, acho que a Igreja não deve temer o escrutínio público; no bom sentido o escrutínio confronta-nos com a realidade e isso não é mau” refere ainda a jornalista na entrevista que vai para o ar este domingo, depois do meio-dia no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

A jornalista diz que “falar com o coração”, proposta do Papa Francisco para mensagem para os jornalistas este ano, é dizer a verdade, mesmo que “ela nos emocione” ou “nos entristeça”.

“O trabalho do jornalista é informar , separando o lado pessoal do lado profissional. Gosto de dar notícias boas, mas também gosto de denunciar porque muitas vezes sentimos que é com esta denúncia que os problemas são resolvidos e ultrapassados”, diz ainda.

“O jornalista também deve contribuir para tornar a sociedade melhor” acrescenta.

“É fundamental uma aposta de todos numa melhor comunicação” salienta a jornalista frisando que ainda “há caminhos a percorrer” como por exemplo  um melhor aproveitamento das novas tecnologias para “comunicar mais e melhor”.

A entrevista ao programa de rádio Igreja Açores vai para o ar este domingo, depois do meio dia no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, e pode ser ouvida na íntegra aqui.

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