Amar é ficar em casa

Pelo Pe José Júlio Rocha.

«Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!» (João 8, 7)
O Evangelho de hoje é de uma beleza extraordinária. Raras passagens evangélicas mostram a beleza e a bondade de Jesus como este, em que uma mulher, apanhada em flagrante adultério – que, por isso, vai ser condenada ao apedrejamento – é levada à Sua presença.
Jesus talvez seja, na História, o mais revolucionário no que respeita à dignidade da mulher, tendo em conta as circunstâncias terríveis da época em que viveu. Pena que nem sempre a humanidade – incluindo, infelizmente, as religiões – tenha dado seguimento a esta atitude de Jesus.
Nesta passagem, ressalta também a misericórdia do Mestre. O perdão e a oportunidade de uma vida nova, livre. Jesus amava a Vida: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (João 10, 10).
Não julguemos. Nestes dias, tão propícios à condenação, tenhamos em conta que a repreensão, ou mesmo o castigo, devem ter em conta não o mal que se fez: existem para que não se faça ou não se repita o mal. Tem sempre o odor da esperança.
Todos nós somos responsáveis uns pelos outros. Todos. Sem exceção. Saibamos avisar mas, sobretudo, dar o exemplo.

 

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