Ativista do ambiente reflete sobre a exortação Laudate Deum na VII Conversa na Sacristia

 

Foto: Cartaz da VII Conversa na Sacristia

Iniciativa da pastoral da Cultura da paróquia de São José acolhe Ana Monteiro

A Pastoral da Cultura da Igreja de São José promove a 23 de Novembro de 2023, pelas 18h30, mais uma Conversa na Sacristia desta feita com Ana Monteiro, ativista ambiental, que refletirá sobre a mais recente exortação do papa Francisco sobre o ambiente, Laudate Deum.

Ana Monteiro nasceu nas Flores, em 1979. É licenciada em Radiologia e em Estudos Europeus e Política Internacional e Mestre em Intervenção Socio-Organizacional em Saúde. É activista ambiental, integrou a direcção da Quercus – Núcleo de São Miguel e é consultora da Blue Azores.

De acordo com uma nota da equipa da pastoral da Cultura, a ativista ambiental vai refletir sobre a carta de Francisco Laudate Deum, que é um grito do Papa para uma urgente resposta à crise climática: “este mundo que nos acolhe está a esboroar-se e talvez a aproximar-se dum ponto de ruptura. Independentemente desta possibilidade, não há dúvida de que o impacto da mudança climática prejudicará cada vez mais a vida de muitas pessoas e famílias”.

Para o Papa, o compromisso de cuidar da casa comum nasce da fé cristã.

A exortação Laudate Deum, publicada no dia 4 de outubro, dia da festa São Francisco de Assis, considera que as alterações climáticas são “um problema social global que está intimamente ligado à dignidade da vida humana”.

O Papa questiona os que negam esta mudança, ao referir-se a uma “doença silenciosa que afeta todos”. Segundo a Laudate Deum,  que cita dados científicos recentes, a humanidade enfrenta “uma aceleração insólita do aquecimento”.

“A origem humana – ‘antrópica’ – da mudança climática já não se pode pôr em dúvida”, sustenta o pontífice.

Francisco aponta o dedo à “reduzida percentagem mais rica do planeta”, que polui mais do que os mais pobres.

“Provavelmente, dentro de poucos anos, muitas populações terão de deslocar as suas casas por causa destes fenómenos”, afirma.

O documento responde a objeções contra a transição para formas renováveis de energia, pelo seu custo económico, afirmando que “milhões de pessoas perdem o emprego devido às diversas consequências da mudança climática”.

As “Conversas na Sacristia”, têm uma periodicidade mensal e convidam a refletir sobre as grandes interrogações da humanidade, assumindo-se como um projecto de evangelização e pensamento da fé através da cultura, das artes e da ciência, num processo de escuta, de acolhimento e de diálogo com todos, de uma Igreja de portas abertas para os sentidos, para a espiritualidade contemporânea, para a partilha da palavra, das sensações e das emoções, para “uma cultura inédita” que “palpita e está em elaboração na cidade”.

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