Bispo Coadjutor de Angra pede cristãos “embaixadores da reconciliação”

Prelado prossegue catequeses sobre a quaresma a partir do Evangelho do dia na Novena dos Espinhos em Ponta Delgada

O Bispo Coadjutor de Angra pediu aos açorianos que sejam “verdadeiros embaixadores da reconciliação” no mundo imitando a misericórdia de Deus, durante a terceira catequese que proferiu no âmbito da Novena dos Espinhos, uma celebração quaresmal que se realiza todos os anos no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Ponta Delgada.

Falando a partir do evangelho do dia, centrado  na parábola do Filho Pródigo, D. João João Lavrador exultou os cristãos a fazerem uma “verdadeira revisão de vida”.

“Muitos de nós seremos como o filho mais novo que malbarata tudo; ou então como o filho mais velho legalista mas sem amor” destacou o bispo coadjutor de Angra lembrando que “Deus é pai e por isso é sempre misericórdia mas para vivermos essa graça também temos de exercitar a liberdade de escolher o caminho certo”.

“A misericórdia de Deus exige a correspondência dos homens que têm de olhar para vida não como um padecimento eterno mas como um caminho que nos impele à festa e a quaresma é justamente isso: um caminho de revisão que nos prepara para a grande festa da páscoa”, referiu o prelado.

D. João Lavrador que está a pregar a Novena dos Espinhos, pela primeira vez, desafiou os cristãos a “fazerem a experiência da palavra de Deus” pois “Ele está interessado em cada um de nós mesmo quando a sociedade não esquece e não perdoa”.

“Todos nós temos um momento da vida em que gostaríamos de esquecer o passado e recomeçar de novo; na sociedade isso não é possível estamos sempre marcados; mesmo nós próprios não conseguimos porque a nossa memória remete-nos para o passado” referiu o prelado mas em Deus “tudo é possível” mas “infelizmente hoje, muitas das doenças das pessoas, passam por elas não acreditarem quem em Deus é possível recomeçar sempre”.

“É preciso que acreditemos que o nosso cristianismo está ligado ao amor e ao perdão e não ao pecado e ao mal”. Acreditar nisto é um “passo” para prosseguir o caminho da redenção e “este é o tempo favorável”, concluiu D. Lavrador.

A catequese voltou a terminar com uma referência à Bula de Proclamação do Ano Santo da Misericórdia, escrita pelo Santo Padre para decretar este ano jubilar.

A Novena prossegue até ao próximo fim de semana.

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