Bispo Coadjutor de Angra reúne com Colégio de Consultores

Órgão máximo de consulta do prelado dá as boas vindas a D. João Lavrador

O novo Bispo Coadjutor de Angra, D. João Lavrador, reuniu-se esta terça feira pela primeira vez com o Colégio de Consultores, órgão de consulta e aconselhamento mais importante do prelado diocesano.

A reunião, presidida pelo Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, decorreu no Paço Episcopal e serviu, sobretudo, para que o novo coadjutor conhecesse os membros do Colégio de Consultores, cuja provisão termina em 2016 e se inteirasse de alguns dos dossiês mais importantes da diocese de Angra.

“É a instituição diocesana que mais acompanha o Bispo e por isso foi muito muito interessante ter esta possibilidade logo no segundo dia da minha entrada na diocese”, disse ao Sítio Igreja Açores D. João Lavrador numa entrevista no dia em que entrou formalmente na diocese.

De resto, o novo prelado já tem uma agenda recheada de compromissos durante o mês de dezembro, todos centrados nos mais frágeis.

“Não vou resolver os problemas, mas através dos gestos, que também falam, nós podemos mostrar ao que vamos e eu, sem dúvida quero ir pelos mais pobres e vulneráveis”, adiantou D. João Lavrador que já tem uma celebração agendada para o dia 13 de dezembro no Estabelecimento Prisional de Angra, o maior da região, onde estão mais de duas centenas de reclusos, muitos deles transferidos da Cadeia de Ponta Delgada e outros açorianos que estavam a cumprir penas no Continente.

“Não só pela forma como encaro a Igreja e a sua inserção no mundo, mas também porque vamos entrar no ano santo da misericórdia, as primeiras visitas que vou fazer prendem-se com instituições que lutam por uma maior inclusão social, que trabalham com desfavorecidos”, adiantou ainda.

Entre os compromissos estão visitas a hospitais e centros de saúde bem como as Misericórdias. Só depois haverá encontros com as autoridades públicas.

“Não serão visitas protocolares, serão muito mais do que isso pois o que nos deve motivar é definir o que em conjunto podemos fazer em prol do bem comum”, acrescentou o Bispo Coadjutor de Angra, lembrando que também quer ouvir destas “entidades públicas” a definição daquelas que são as necessidades mais prementes “a que igreja pode e deve dar resposta”.

No dia da sua entrada, o Bispo Diocesano, em declarações ao Sítio Igreja Açores lembrou que estava aberto o caminho para a realização de um sínodo diocesano.

D. João lavrador que coordenou os trabalhos do último sínodo diocesano da diocese de Coimbra reage com entusiasmo.

“Para mim é uma ideia muito agradável, que começa a fazer o seu caminho, pois trata-se de principio fundamental para a pastoral da igreja e é também uma metodologia de trabalho pastoral” disse o prelado sublinhando que se trata de “um instituto” que deve ser utilizado até “para encontrarmos os melhores caminhos para a vida pastoral e colocar no seu horizonte as estruturas necessárias para essa dinâmica pastoral”.

“Aprender, conhecer e dialogar é isto que me motiva; haverá o momento em que chegará o dia para iniciarmos esse caminho”, disse ainda o novo Bispo Coadjutor de Angra.

Nesta declaração ao Sítio Igreja Açores voltou a sublinhar a importância da cultura e da necessidade de estar atento aos sinais dos tempos para que a relação que existe entre a fé e a cultura, no caso concreto dos Açores, “ não se desfaça”.

Sobre o seu programa de episcopado, assente no lema “Tu segue-Me”, D. João Lavrador manifesta, uma vez mais, a sua disponibilidade para se integrar na dinâmica de uma “diocese que tem quase 500 anos de história” ciente de que é “apenas mais um peregrino” que dará o seu contributo para evangelizar, “na continuidade e na simplicidade” para “aprofundarmos ainda mais este sentido de igreja”.

“O nosso trabalho não se faz com revoluções e muito menos com decretos; por isso, não é sobre mim que recai a novidade; quem renova é o Espírito Santo e eu tenho muita confiança”, conclui.

D. João Lavrador reside em Angra, no Paço Episcopal e é desde domingo bispo Coadjutor de Angra, com direito automático à sucessão de D. António de Sousa Braga, quando este resignar.

 

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