Bispo de Angra exorta cristãos açorianos a viverem a Quaresma como o “tempo favorável da misericórdia divina”

Prelado inicia hoje um conjunto de reflexões quaresmais no Sítio Igreja Açores

O Bispo de Angra pede aos cristãos que vivam qualquer situação da sua vida, “por mais dolorosa que seja” como o “tempo favorável da graça e da misericórdia divinas”.

Na primeira reflexão sobre a Quaresma, intitulada «QUEM ME VÊ, VÊ O PAI» (Jo 14, 8), depois da mensagem quaresmal para este ano, que o Sítio Igreja Açores publica na íntegraD. António de Sousa Braga, lembra que a misericórdia é “a alma da Quaresma” e que a chamada quaresmal à conversão “é um apelo a voltar para Deus, para experimentar a Sua misericórdia e levá-la a toda a gente”, olhando especialmente para quem está mais próximo.

Socorrendo-se da parábola do Bom Samaritano, o prelado sublinha a importância de “acompanhar” todos aqueles de “quem nos fazemos próximos”, aqueles “com quem nos encontramos de uma forma concreta e que, na situação que vivem, precisam da nossa ajuda”.

“Jesus não prega o amor àqueles que estão longe, mas sim ao próximo, àqueles que estão perto de nós. Esse amor não fica sujeito a vínculos familiares, nem à amizade, nem à pertença a um determinado grupo religioso ou étnico. Concretiza-se na pessoa concreta que sofre e que tem necessidades e com a qual nos encontramos no caminho”, frisa ainda o responsável pela igreja açoriana.

D. António de Sousa Braga recorda, também, a parábola do Filho Pródigo do Evangelho de Lucas- uma “Parábola do Pai Misericordioso”-  em que se vive o drama entre o amor do pai e a perdição do filho, que, vivendo de forma libertina e dissoluta, delapida a parte que lhe corresponde da herança paterna, perdendo assim os seus direitos filiais e a possibilidade de reclamar do pai aquilo que legalmente lhe correspondia.

O Bispo de Angra diz que esta parábola remete para uma ideia de misericórdia como “ a mais perfeita realização da justiça” que não se faz apenas por palavras mas por atos, o que implica que todos os cristãos “possam dar testemunho, fazendo o bem”, sem “excluir ninguém”.

Nesta meditação quaresmal, D. António de Sousa, que se encontra em Lisboa, onde está a realizar uma série de exames médicos devido a um problema de saúde, aproveita para a agradecer a “ romaria de oração da Diocese” e exorta os cristãos à fé”

“Agradeço a romaria de oração da Diocese, para que viva esta minha situação de doença, precisamente, nesta perspectiva de fé de quem não se sente desamparado de Deus, mas sumamente amado, de forma gratuita e misericordiosa. Por caminhos que nem sempre coincidem com os nossos”, conclui.

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