Bispo de Angra pede contributo das famílias cristãs da diocese para estimular vocações

Quinzena vocacional começa a 4 de maio, Dia da Mãe.

A rede de animação vocacional tem de se estender a toda a diocese e nenhuma ilha pode ficar de fora neste objetivo diz o Bispo de Angra na mensagem enviada a todo o clero diocesano, a propósito da quinzena vocacional que se inicia nesta diocese a partir do dia 4 de maio, a que o Portal da Diocese teve acesso e publica esta quarta feira.

 

“Muito já se faz, na Diocese, pelas vocações de especial consagração na Igreja, mas ainda se pode fazer mais e melhor” diz D. António de Sousa Braga.

 

“A rede de animação vocacional tem de se estender a toda a Diocese. Há Ilhas que não têm seminaristas no Seminário Episcopal de Angra, nem vocacionados/as nos Institutos Religiosos.Há ilhas que, há anos, não dão um seminarista ”, lembra o prelado diocesano, sublinhando que apesar dos esforços desenvolvidos por muitos sacerdotes e pelo próprio Seminário Episcopal “ninguém se pode demitir”.

 

Na mensagem para a Quinzena Vocacional da Diocese, D. António de Sousa Braga não poupa elogios à ação do Seminário e aponta-a mesmo como um exemplo a seguir.

 

“ O Seminário diocesano tem-se empenhado em iniciativas significativas de Pastoral Vocacional, envolvendo, nomeadamente, os próprios seminaristas, com frutos evidentes. Mas a rede de animação vocacional tem de se estender a toda a Diocese. Há Ilhas que não têm seminaristas no Seminário Episcopal de Angra, nem vocacionados/as nos Institutos Religiosos”.

 

De resto, lembra que para se manter o Seminário aberto e “não falta quem clame que a Diocese deva envidar todos esforços” nesse sentido, é “necessário ter um determinado número de alunos”.

 

Atualmente, há 16 seminaristas: 9 no Sexénio Teológico e 7 no Ano Propedêutico. Os do Propedêutico são todos de S. Miguel. Os do Sexénio distribuem-se pelas seguintes ilhas: 3 de S. Miguel, 2 do Faial, 1 da Terceira, 1 da Graciosa, 1 do Pico e 1 das Flores.

 

“ Há ilhas que, há anos, não dão um seminarista. Se queremos o Seminário, trabalhemos por ele”, reforça o responsável pela Igreja Católica nos Açores que apela também à generosidade dos Açorianos nos contributos materiais que possam fazer para ajudar a manter o Seminário. De resto, este ano, como nos anteriores, as coletas das missas do Domingo do Bom Pastor vão reverter de novo a favor desta instituição.

 

Além dos apelos ao clero e às estruturas diocesanas, o Bispo de Angra deixa também um repto às famílias cristãs.

 

«Nenhuma vocação nasce por si, nem vive para si”, afirma o Bispo de Angra e “isso chama não só as comunidades cristãs, mas também as famílias cristãs. Só na medida em que se tornar autêntica «Igreja doméstica», será viveiro de vocações à vida consagrada”.

No “inverno demográfico” que estamos a viver, “torna-se, cada vez mais difícil, propor a vocação à vida consagrada na Igreja. Por isso, não há pastoral vocacional, se não dermos a mão à família, hoje em profunda crise”.

 

“Ao rezarmos pelas vocações, devemos ter a coerência da disponibilidade em acolhê-las e ajudá-las a dar uma resposta positiva ao chamamento de Deus”, conclui o Bispo de Angra.

 

Aliás, no seguimento da Mensagem do Papa Francisco para o 51º dia Mundial da Oração pelas Vocações, D. António de Sousa Braga também pede a todos os cristãos açorianos para “rezarem e realizarem ações de pastoral vocacional” em favor de todas as vocações de especial consagração na Igreja.

 

O Bispo de Angra faz, ainda, um alerta especial para o papel da mãe uma vez que a Quinzena Vocacional começa justamente no dia da mãe.

 

“Não esqueçamos, pois, as mães, que são o esteio das famílias. Rezemos e sejamos solidários com elas, neste momento difícil para a família”.

 

Por outro lado, o prelado Diocesano lembra que é nesse período de 11 a 18 de maio que se celebra a Semana da Vida, que este ano é subordinada ao tema “Gerar a Vida, Construir o Futuro”.

 

D. António de Sousa Braga sublinha, uma vez mais, a importância da família neste contexto e avança com a intenção de “nos próximos anos, a Diocese se debruçar sobre a situação da família, dando maior ênfase, nomeadamente, às iniciativas promovidas pela Pastoral Familiar, acompanhando de perto, ao longo destes dois anos, a preparação e a realização das Assembleias Sinodais sobre Desafios Pastorais da Família no Contexto da Evangelização”.

 

O Bispo de Angra, deixa no final da mensagem um apelo veemente às comunidades cristãs para que trabalhem em prol das vocações.

 

E, lembrando João Paulo II, que será canonizado no próximo domingo, dia 27 de abril, D. António de Sousa Braga pede aos sacerdotes, religiosos, comunidades e famílias cristãs que “orientem a pastoral vocacional nesta direção, acompanhando os jovens por percursos de santidade que, sendo pessoais, exigem uma verdadeira e própria pedagogia da santidade, capaz de se adaptar ao ritmo dos indivíduos”.

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