Bispo de Angra quer diocesanos comprometidos para levarem a boa nova da Páscoa a todos os lugares do mundo em nome do combate à exclusão; à soberba e ao egoísmo

D. João Lavrador presidiu esta manhã à missa de Páscoa, na Catedral de Angra do Heroísmo

O Bispo de Angra afirmou esta manhã que a novidade da Ressurreição não pode ser uma teoria mas uma verdadeira prática que transforme o mundo, combatendo a exclusão, a miséria e a violência. Para isso, desafiou todos os diocesanos e empenharem-se na missão de levar esta vida nova da Páscoa a todos os lugares do mundo.

“A Ressurreição e a Vida Nova presente na vida dos batizados não é uma teoria, muito pelo contrário, é verdadeiramente uma prática, de modo que colocando a esperança nos bens futuros se aplicam afincadamente na transformação do mundo atual” afirmou D. João Lavrador na homilia da missa de Páscoa a que presidiu na Sé de Angra.

“Há um mundo novo que se abre através da Ressurreição, no qual é possível fazer desaparecer a exclusão, a miséria, a ignorância, a violência, as trevas da inteligência, a ausência de Deus e a autorreferencialidade para desabrochar a alegria e o amor, a paz e a partilha comunitária, a comunhão com Deus e com os irmãos” acrescentou o prelado.

Por isso, disse, “celebrar a Ressurreição de Jesus Cristo é fundamental para que cada comunidade cristã viva e partilhe a missão com frescura, esperança, vitalidade e entusiasmo”, lançando o repto: “façamos com que a Ressurreição de Jesus Cristo atinja a todos e em todos os lugares”.

A partir da liturgia do domingo de Páscoa, assente num itinerário que compromete todos os batizados na missão evangelizadora, D. João Lavrador sublinhou que o sucesso desta missão só se tornará credível se “manifestar valores, critérios e opções novos. Se verdadeiramente peregrinos neste mundo e interessados em tudo o que são os dramas da humanidade, projectamos uma esperança nova que vem de quem vive não só confrontado pelo mundo mas com os olhos postos nas coisas do alto”.

Por isso, disse “Celebrar a Ressurreição de Jesus Cristo implica da parte de toda a comunidade cristã e de cada baptizado assumirem a missão de testemunhar, pela palavra e sobretudo com gestos libertadores, a mesma vida de Jesus Cristo”.

“Este é o dia para lançarmos o olhar para o nosso mundo, para a nossa sociedade e para a nossa cultura e escutar o clamor de tantos homens e mulheres que atingidos pelos sinais de morte, procuram uma vida autenticamente digna do ser humano”, concluiu, destacando que a missão dos cristãos no mundo passa por “buscar os Sinais do Reino de Deus, desenvolvê-los e torná-los patentes para que atraiam e sirvam de apoio seguro para a humanidade de hoje”. E, concluiu, remetendo para o lema pastoral do ano.

“O caminho que nos leva ao encontro de Jesus Cristo vivo e ressuscitado é o mesmo caminho que nos leva ao encontro dos irmãos para os fazer sair das trevas da sua ignorância, da teimosia da sua soberba, da arrogância do seu egoísmo, e oferecer a docilidade do caminho do amor, do despojamento e da partilha aberto pela Ressurreição de Jesus Cristo”.

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