“Cada criança marginalizada, abandonada pela sua família, sem escolaridade, sem cuidados médicos, é um grito!”

Video do Papa, em novembro: “cada criança abandonada é culpa nossa”

“Cada criança marginalizada, abandonada pela sua família, sem escolaridade, sem cuidados médicos, é um grito! Um grito que se eleva a Deus e acusa o sistema que nós, adultos, construímos”, alerta Francisco na mensagem do vídeo de novembro, divulgada esta segunda-feira, 31, pela Rede Mundial de Oração do Papa.

Francisco recorda todas “as crianças que sofrem” na sua intenção de oração para este mês: fala das crianças abandonadas, que sofrem diariamente com a rejeição, miséria, pobreza e “condições muito semelhantes à escravidão”.

“Não podemos continuar a permitir que se sintam sozinhas e abandonadas; elas precisam de receber educação e sentir o amor de uma família, para saberem que Deus não as esquece”, refere o Papa.

A Rede Mundial de Oração apresenta dados da UNICEF, segundo os quais mil milhões de crianças vivem atualmente em situação de “pobreza multidimensional”, isto é, sem acesso a educação, saúde, casa, alimentação, saneamento ou água. Estima-se ainda que haja 153 milhões de crianças órfãs.

Além disso, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, “no final do ano passado, mais de 450 milhões de crianças – uma em cada seis – viviam em zonas de conflito, o número mais elevado em 20 anos. Cerca de 36,5 milhões de crianças foram deslocadas das suas casas em consequência de conflitos, guerras, violência e outras crises”.

O Papa Francisco realça que estas crianças “não são números: são seres humanos com um nome, com um rosto, com uma identidade dada por Deus”. E conclui: “uma criança abandonada é culpa nossa”.

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