“Deus não exclui ninguém”, diz Francisco

O Papa disse hoje no Vaticano que as comunidades católicas devem ir ao encontro de quem “falta”, mostrando a todos o “coração misericordioso de Deus”.

“Deus é precisamente assim, Deus não exclui ninguém, deseja todos no seu banquete, porque ama todos como filhos. Todos, sem excluir ninguém, todos”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação da oração do ângelus.

Perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco falou das três “parábolas da misericórdia” no Evangelho de São Lucas (Lc 15, 4-32), que apresentou como resposta a quem se “escandalizava” por ver Jesus junto de pecadores.

“O Senhor não calcula as perdas e os riscos, tem um coração de pai e de mãe, e sofre com a falta dos filhos amados”, indicou.

A reflexão destacou que os protagonistas dessas parábolas – um pastor que procura a ovelha perdida, uma mulher que encontra a moeda perdida e o pai do filho pródigo – sentem uma “inquietação pela falta”.

“Nos seus corações, existe uma inquietação por aquilo que falta: a ovelha, a moeda, o filho que foi embora. Quem ama, preocupa com aqueles que faltam, sente saudades de quem está ausente, procura quem se perdeu, espera por quem se afastou. Porque quer que ninguém se perca”, precisou o Papa.

“Sofre, sofre. Deus sofre com a nossa distância e, quando nos perdemos, espera pelo nosso regresso. Lembremo-nos que Deus sempre nos espera, espera-nos sempre de braços abertos, qualquer que seja a situação de vida em que nos percamos”.

Francisco questionou sobre a relação das comunidades católicas sobre “quem falta”, nelas, perguntando se esses pessoas “realmente” fazem falta e se existe “compaixão por quem está distante”.

“O Pai pede-nos que estejamos atentos aos filhos que mais lhe fazem falta. Pensemos em alguém que conhecemos, que está ao nosso lado e que, talvez, nunca tenham ouvido alguém dizer: ‘Sabes? Tu és importante para Deus’””, acrescentou.

No final do encontro de oração, o Papa convidou a rezar pelos alunos que, por este dias, vivem o início do ano escolar, e evocou o novo ano do calendário etíope, rezando pela “paz e reconciliação” neste país africano.

(Com Ecclesia)

 

 

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