Diocese de Angra assinala 490 anos

Aniversário a 3 de novembro marca o arranque do ano pastoral, com a apresentação do programa centrado no Jubileu da Esperança

 

A Diocese de Angra completa no próximo dia 3 de novembro o 490º aniversário da sua fundação, com um programa marcado pela apresentação das iniciativas pastorais agendadas para o ano do Jubileu da Esperança.

O ano de 2025 na Igreja açoriana é marcado pelo culminar de um biénio de auscultação e discernimento sobre o caminho sinodal em curso nos Açores, assente no trabalho de três laboratórios- Sinodalidade, Fraternidade e Esperança-, nos quais todo o povo de Deus foi chamado a caminhar, com o lema “Todos, Todos, Todos, caminhar na Esperança”.

Às 16h00, no Salão Nobre do Seminário Episcopal  de Angra terá lugar a apresentação do Projeto Pastoral Diocesano para o ano do Jubileu, seguindo-se um apontamento musical pelo Coro Tibério Franco – Terra Chã.

Às 17h45 , no adro da  Catedral de Angra, será executado o hino da Diocese, seguido de uma Solene Concelebração, que será animada por um coro que reunirá coralistas de todos os grupos corais da ilha Terceira.

O programa de comemoração dos 490 anos da Diocese integra ainda mais dois momentos: a 1 de novembro, dia em que a Igreja celebra Todos os Santos, far-se-á a clausura solene da fase diocesana do processo em ordem à beatificação da jovem mártir terceirense Maria Vieira, com uma conferência do investigador José Guilherme Reis Leite, seguida da oração de Vésperas Solenes do Dia de Todos os Santos.  A iniciativa tem inicio às 16h00 na Igreja Matriz de São Sebastião.

Nesse mesmo dia, ainda, às 19h00, na Igreja de Santa Lúzia, será celebrada a Missa de abertura da Assembleia Diocesana de Jovens, que decorrerá durante os dias 1,2 e 3 de novembro, em Angra.

A diocese de Angra foi criada pelo Papa Paulo III, por meio da Bula Aequum Reputamus, de 3 de Novembro de 1534, autonomizando-se da diocese do Funchal de que era sufragânea.

Desde então, a diocese insular, foi governada por 40 bispos- o 40º bispo de Angra é D. Armando Esteves Domingues-; apenas dois deles são naturais dos Açores. A diocese está dividida territorialmente em 17 ouvidorias; apenas são Miguel (8) e Terceira(2) têm mais do que uma ouvidoria.

As paróquias dos Açores começaram por estar sujeitas à jurisdição da Ordem de Cristo, exercida pelo Vigário nullius de Tomar.

Os primeiros povoadores católicos foram instruídos pelos franciscanos que chegaram em 1456 à ilha Terceira, onde construíram uma ermida e em 1470 erguem o Convento de São Francisco de Angra. Em 1461 dá-se a fundação da Ermida de São Salvador a mando de Álvaro Martins Homem, fundador da vila da Angra. Essa ermida esteve na origem da Sé Catedral de Angra do Heroísmo.

Após a descoberta das ilhas dos Açores e do seu subsequente povoamento, o governo eclesiástico do arquipélago passou por três fases distintas.

A primeira fase vai desde o descobrimento-povoamento até à criação da diocese do Funchal, que ficou em 1514 com a jurisdição de todas as ilhas atlânticas, a costa de África, a ìndia,  bem como todas as descobertas portuguesas, tornando-a a maior de todas as Dioceses que alguma vez existiram no mundo.

Desta forma entramos na segunda fase da jurisdição canónica dos Açores, dado que esta passa para a alçada da nova Diocese do Funchal.

A terceira fase da jurisdição canónica dos Açores e que perdura até ao presente, começa com a fundação da Diocese de Angra.

Depois de algumas confusões geográficas sobre a cidade, ilha e igreja onde devia ficar erecta a Sé da nova Diocese, por Bula do Papa Paulo III (1534-1549), intitulada Aequum Reputamus, e dada em Roma a 3 de Novembro de 1534, foi finalmente criada a Diocese de Angra, desmembrada da já então Arquidiocese do Funchal e passando a sua sufragânea, até 1550, com sede na Igreja do Santíssimo Salvador da cidade de Angra, na ilha Terceira. A sua jurisdição estendia-se às nove ilhas do arquipélago. A partir dessa data ficou sob a jurisdição da arquidiocese de Lisboa (desde 1716 designada por Patriarcado Metropolitano de Lisboa), até hoje.

O Papa Paulo III, pela Bula Gratiae divinae proemium, datada do mesmo dia da criação da Diocese, confirma a nomeação do primeiro Bispo de Angra na pessoa de D. Agostinho Ribeiro (1534-1540).

(Artigo feito com base em https://www.diocesedeangra.pt/diocese/)

 

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