Diocese de Angra já possui 308 irmandades do Divino Espírito Santo

Cúria regista aumento todos os anos

As festas do Divino Espírito Santo inundam a diocese de Angra e, em especial, as ilhas Terceira Faial, São Jorge e Pico. Este domingo, o terceiro do tempo pascal, é também o segundo domingo de Espírito Santo e em todas as ilhas, os impérios diversificam-se e saem à rua os foliões e os cortejos.

Atualmente a diocese de Angra já possui 308 irmandades do Divino Espírito Santo, adiantou ao Igreja Açores o Vigário Geral, Cónego Hélder Fonseca Mendes.

“A cada ano regista-se um aumento do número de  irmandades e de impérios” refere o sacerdote recordando que existem 308 registos na Cúria diocesana.

A diversidade na diocese açoriana é multiplicada por nove e há que encontrar, dentro da pluralidade insular, as tradições culturais de cada uma delas, na sua esmagadora maioria com personalidade jurídica canónica.

Este aumento prende-se com questões culturais e religiosas mas também com questões de natureza fiscal e por isso “todos os anos temos conhecimento de novas irmandades”, refere o sacerdote que é de resto especialista nas Festas do Divino Espírito Santo, tema que esteve na origem da tese de doutoramento que desenvolveu.

As festas em hora do Divino Espírito Santo são uma das mais importantes manifestações cristãs e de religiosidade popular dos Açores, que congregam também muitas comunidades de emigrantes no exterior como Canadá, Estados Unidos da América, Brasil, nas Ilhas Bermudas e no Havai.

Os festejos começam depois da Páscoa e prolongam-se até ao oitavo domingo seguinte, da Santíssima Trindade, podendo mesmo chegar até ao Verão, no âmbito do regresso de inúmeros emigrantes açorianos à sua ilha natal.

Para o sociólogo Rolando Lalanda Gonçalves estas festas devem merecer uma atenção da parte da igreja no sentido de fazer com que o espirito de partilha que lhes subjaz possa “estender-se durante todo o ano”.

“Os sacerdotes devem acompanhar esta manifestação com abertura tentando sedimentar o espirito de partilha e, assim, desenvolver-se uma verdadeira pastoral em volta desta manifestação”, conclui o investigador em declarações ao Igreja Açores.

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