Diocese de Angra quer criar “centros universitários” para estimular a pastoral juvenil e universitária

 

Foto: Igreja Açores/CR

As questões da juventude, no pós Jornada Mundial, foram tema em destaque na reunião do Conselho de Ouvidores, que decorreu em Ponta Delgada

A ideia não é original mas pode ser um caminho eficaz para redinamizar a pastoral juvenil nos Açores, mobilizando jovens universitários e prolongando a sua participação na vida da Igreja.

“Muitos jovens que estudam na Universidade continuam ligados às suas paróquias. É esta ligação que temos de aproveitar fomentando uma pastoral universitária mais eficaz e dinâmica de forma a que não se percam estes jovens que têm vida em Igreja, nas paróquias de residência, mas quando se deslocam para a Universidade de alguma forma afastam-se” disse ao Sítio Igreja Açores o cónego Gregório Rocha.

“Houve mesmo sugestão de nomes de estudantes que estão na Universidade e que mantém uma ligação à vida paroquial. Há que aproveitar isso através de um acompanhamento mais próximo e eficiente da parte da Igreja” esclareceu o Vigário-geral da Diocese.

No final do encontro que decorreu entre o dia 5 de fevereiro e esta quinta-feira, reunindo os 17 ouvidores da diocese de Angra, no Centro Pastoral Pio XII, onde participaram também outros sacerdotes e leigos para explicitar algumas das opções do Itinerário Pastoral com o qual estão diretamente implicados, o cónego Gregório Rocha afirmou que esta reunião serviu para “reforçar” a importância de uma pastoral juvenil a partir da pastoral vocacional e para ressalvar a importância dos ouvidores na ligação com a diocese.

“Houve uma manifestação clara do reconhecimento da validade da ouvidoria e do papel do ouvidor pela sua proximidade ao terreno  e às comunidades; mas houve também uma sinalização muito precisa do papel dos jovens na Igreja diocesana”.

Um terceiro aspecto deste conselho prendeu-se com as “visitas pastorais”.

“O Senhor Bispo pediu aos ouvidores que refletissem com ele a questão das visitas pastorais e deixou muito claro que deseja que elas não sejam o cumprir de uma formalidade canónica  mas o momento em que as pessoas se sintam interpeladas a viver verdadeiramente a Igreja, a viver a sua condição sempre nesta perspetiva sinodal”, afirmou o Vigário-geral.

“Haverá momentos celebrativos, encontros com os movimentos e serviços mas o que é preciso é um encontro com as pessoas, mesmo as que possam não estar tão envolvidas nas dinâmicas eclesiais”, referiu ainda o sacerdote. O bispo de Angra está nos Açores desde 15 de janeiro de 2023 mas tendo percorrido todas as ilhas, algumas mais do que uma vez, não realizou ainda qualquer visita pastoral no sentido canónico do termo. Privilegiou sobretudo o contacto com os jovens e com os sacerdotes e tem procurado, em todas as deslocações, acolher os que o têm procurado.

A sinodalidade e a apresentação das várias etapas do Itinerário Pastoral Diocesano, e a sua calendarização, ocupou grande parte dos trabalhos deste Conselho de Ouvidores, logo no primeiro dia.

“Escutar e acolher” são dois verbos que se conjugam neste Itinerário do biénio, até 2025 que será concretizado através de três laboratórios: o da Sinodalidade, o da Fraternidade e o da Esperança.

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