É essencial a valorização dos conselhos pastorais e a capacitação de leigos para a corresponsabilização

 

Foto: Igreja Açores/CR

Bispo de Angra pede aos ouvidores empenho na criação de conselhos pastorais paroquiais e de ouvidoria

Os Conselhos Pastorais paroquiais, inter-paroquiais e de ouvidoria  são a primeira concretização da sionodalidade na diocese e por isso a sua criação é obrigatória, avançou ao Sítio Igreja Açores o Vigário Episcopal para o Clero e formação que coordena todo o Itinerário Pastoral, juntamente com mais um sacerdote pastoralista e duas leigas.

“O Conselho Pastoral é a estrutura mais importante de uma paróquia, de uma ouvidoria e ao sublinhar esta importância estamos a desclericalizar, isto é, estamos a tentar que os padres sejam isso mesmo: padres e não façam o lugar dos leigos nem o contrário, isto é, leigos a quererem ser padres”, afirmou o padre José Júlio Rocha, no final do Conselho de Ouvidores que esteve reunido em Ponta Delgada entre os dias 5 e 8 de fevereiro.

“A dignificação do laicado faz-se a partir das paróquias;  depois  é preciso cimentar os Conselhos de Ouvidoria para em junho termos composto o Conselho Pastoral Diocesano. A colegialidade obriga-nos a escutar de baixo para cima e a sinodalidade, de que tanto ouvimos falar agora, não é mais do que reconhecer que o batismo é o sacramento estruturante da Igreja é e ele que confere a dignidade de Povo de Deus e não o sacramento da Ordem” refere ainda o sacerdote.

O assunto foi relembrado na reunião que juntou os 17 responsáveis das ouvidorias da diocese juntamente com o bispo e os dois vigários, onde foram apresentadas as várias etapas do Itinerário Pastoral e a sua calendarização, postos em prática na concretização dos laboratórios.

Além dos conselhos, foi ainda avançada a criação de uma Escola Diocesana de Leigos que irá articular-se com Escolas de Ouvidoria, promovendo a capacitação de leigos.

“A formação dos leigos é outra preocupação do laboratório da Sinodalidade. Queremos aproveitar e potenciar os leigos que ainda estão ativos;  queremos uma escola que chegue a todas as ouvidorias que possa formar leigos do ponto de vista pastoral, teológico, moral e ético para que não se sintam desqualificados para uma intervenção mais ativa”, referiu ainda o padre José Júlio Rocha.

Já o laboratório da Fraternidade foi apresentado como um espaço de diálogo e comunhão entre movimentos e serviços.

“Temos de ser capazes de falar uns com os outros porque a Igreja não é só o nosso movimento ou serviço”, referiu o sacerdote.

No que respeita ao laboratório da Esperança, o Vigário Episcopal para o Clero e Formação recorda que se trata da concretização dos vários eventos que vão permitir celebrar o jubileu da Esperança, com particular enfoque em acções de valorização da oração.

“Os laboratórios não são estruturas  para dificultar mas para facilitar: o da Sinodalidade criando estruturas operativas e dando formação aos leigos; o segundo pondo a diocese a pensar em conjunto e a agir em conjunto. através da cooperação entre movimentos e serviços e o laboratório da Esperança será o programa comemorativo que concretiza a esperança cristã”.

Nesta dinâmica sinodal haverá também espaço para a formação e acompanhamento do Clero.

“Teremos já uma recoleção no próximo dia 23, que será em simultâneo para todos os sacerdotes diocesanos,  aproveitando as novas tecnologias e o tema é provocador `O oficio de governar: como ser pastor nas comunidades do século XXI”, disse.

“Esta temática insere-se no que vamos discutir no Conselho Presbiteral, em abril, e que se prende com o modelo de padre  que precisamos e a partir daí definir omodelo de pastoral vocaciona a desenvolver e o tipo de Seminário que é necessário”, acrescentou ainda o padre José Júlio Rocha.

“A finalidade é só uma  fazer com que as pessoas cheguem a Jesus e Jesus chegar á vida das pessoas; de outra forma estaríamos apenas a criar conversas vazias de sentido. Jesus é a razão de tudo isto” disse ainda.

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