Encontrar felicidade na existência terrena

Por Renato Moura

“Se fizerdes emergir as aspirações mais profundas do vosso coração dar-vos-eis conta de que há em vós um desejo inextinguível de felicidade” e “A busca da felicidade é comum a todas as pessoas, em todos os tempos e latitudes”, são afirmações que constam do livro “A felicidade nesta vida”. É uma edição de Novembro deste ano, que reúne várias centenas de afirmações do Papa Francisco, ao longo dos últimos anos, insertas em muitos documentos oficiais, ou proferidas nomeadamente em homilias, audiências gerais, mensagens, encontros, discursos, conferências e entrevistas.

Como sempre acontece, são declarações sublimes, no caso geralmente muito curtas, numa linguagem como habitualmente clara e concisa, capaz de ser lida e compreendida por qualquer pessoa e com a exactidão necessária e precisa para atingir a compreensão dos destinatários, que são as pessoas todas e no seu todo, sejam ou não cristãos.

Confirmando a interpretação que o Papa Francisco sempre faz do Evangelho, voltam a abundar as certezas sobre a amizade que o Nosso Deus nos oferece e a esperança sobre o perdão, mantendo o coração aberto para O deixar entrar, pois que apesar do mal que possamos fazer, Ele considera-nos sempre seus filhos infinitamente amados. É confortante a afirmação de que “Aqueles que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento”, bem como o ensinamento de que “O espírito de Jesus pode levar uma nova vida ao coração de todos os homens e pode transformar todas as situações”.

Não faltam também os apelos do nosso Papa à harmonia entre as pessoas, ambiente para expressão da alegria verdadeira e geradora de apoio mútuo para ultrapassar as contingências das vidas dos que compõem a comunidade. Deixemos que actue em nós esta instigação: “Encontrareis a vida dando vida, a esperança dando esperança, o amor, amando”.

Francisco lembra que a alegria não é apenas esperada e remetida para o paraíso “mas sim uma alegria já real e experimentável agora, porque o próprio Jesus é a nossa alegria e com Jesus a alegria mora em nossa casa”. Recorda a promessa de Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei”.

Um conselho do Sumo Pontífice é fortemente estimulante: “Aspirai à felicidade, tende a coragem de aspirar a ela, a coragem de sairdes de vós mesmos, de jogar plenamente o vosso futuro na companhia de Jesus”.

Seja-me permitido, com modéstia e sinceridade, associar-me ao apelo do nosso Papa e com ele desejar a todos um excelente 2018.

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