Francisco lembra «escravos» do dinheiro e vítimas da injustiça

Papa pede «testemunhas da misericórdia» na Igreja

O Papa Francisco deixou hoje no Vaticano um apelo em favor das pessoas atingidas por injustiças e desafiou os católicos a serem “testemunhas” da misericórdia de Deus em todas as situações.

“Muitas situações exigem o nosso testemunho consolador. Ser pessoas alegres, consoladoras. Penso nos que são oprimidos pelos sofrimentos, injustiças e exploração; aos que são escravos do dinheiro, do poder, do sucesso, da mundanidade: pobrezinhos, têm consolações enganadoras, não a consolação do Senhor”, disse, antes da recitação da oração do ângelus na Praça de São Pedro.

Francisco sublinhou que os cristãos devem testemunhar “a misericórdia e a ternura” de Deus, que “acende o fogo da esperança”.

“Todos somos chamados a consolar os nossos irmãos, testemunhando que só Deus pode eliminar as causas dos dramas existenciais e espirituais. Ele pode fazê-lo, é poderoso”, prosseguiu.

Segundo o Papa, é “curioso” que muitas vezes as pessoas tenham “medo” da consolação de Deus.

“Na tristeza, sentimo-nos quase como protagonistas. Pelo contrário, na consolação é o Espírito Santo o protagonista”, explicou, antes de lançar novo apelo: “Por favor, deixai-vos consolar pelo Senhor, deixai-vos consolar pelo Senhor”.

Esta consolação, precisou, acontece em particular na leitura da Bíblia, na “oração silenciosa” e na celebração dos Sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação.

“A Virgem Maria é o caminho que Deus mesmo preparou para vir ao mundo. Confiemos-lhe a expectativa de salvação e de paz de todos os homens e mulheres do nosso tempo”, declarou, antes de se despedir com votos de bom domingo e de bom dia da Imaculada [Conceição], solenidade litúrgica que se celebra esta segunda-feira e é feriado civil em vários países, incluindo Portugal.

CR/Ecclesia

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