Ilha Graciosa unida à Cova de Iria pela Imagem da Virgem Peregrina

Ouvidor destaca ligação às aparições de 1917

A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima chega esta quinta feira à ilha da Graciosa para cumprir o penúltimo trajecto antes de entrar na Terceira para se despedir dos Açorianos.

“As nossas expetativas são sem dúvida o congregar dos filhos dispersos” disse ao Sítio Igreja Açores o ouvidor eclesiástico da Ilha, Pe Sérgio Mendonça.

“Maria, na manifestação da religiosidade popular, é sem dúvida aquela que reúne os baptizados, que ainda se dizem cristãos, que estão mais afastados da igreja” desatacou o sacerdote, que vê nesta peregrinação um momento de evangelização e de proximidade entre os cristãos.

“Penso que esta visita se enquadra muito bem no contexto da celebração do ano jubilar da misericórdia” até porque a Bula do Papa Francisco- Misericordiae Vultus- propõe, entre outras acções, “Consagra-se a Maria, Mãe de misericórdia”, destaca o Pe Sérgio Mendonça.

A Imagem chegará à ilha, acompanhada pelo Bispo de Angra, D. António de Sousa Braga, por volta das 16h00 e será acolhida pela população no Aeródromo da Graciosa, seguindo em procissão até à Igreja Matriz, que é a igreja jubilar e onde permanecerá durante os três dias, conforme orientação diocesana.

Aqui será celebrada a primeira Eucaristia desta peregrinação, com o acolhimento solene.

Na sexta feira, dia 19 de fevereiro, a igreja reabrirá às 8h00 e às 11h00 será celebrada uma Missa para os idosos e doentes, com a administração do Sacramento da Unção dos doentes.

Às 20h00 realiza-se uma vigília de oração pelo grupo da Pastoral Juvenil da Graciosa, envolvendo catequeses e juventude.

No sábado, destaca-se a celebração do Sacramento da Reconciliação entre as 17h00 e as 18h00, altura em que será celebrada a Eucaristia vespertina, seguindo-se uma procissão de velas, percorrendo algumas artérias de Santa Cruz.

 

No domingo, a Eucaristia solene de despedida, será celebrada às 12h00 e será presidida pelo Bispo de  Angra.

Este programa sendo simples corresponde “desde a primeira hora” à forma como “as comunidades acataram esta visita da Imagem Peregrina”, refere o Pe Sérgio Mendonça.

“Fátima sempre teve um grande peso nesta ilha, como nas outras. As celebrações de Maio e Outubro são sempre muito participadas, além de que temos várias festas sob a invocação de Maria ao longo de todo o ano, principalmente no verão”, destaca ainda o sacerdote.

“Apesar de nos visitar uma imagem de Maria igual a tantas outras que aqui temos, esta visita só tem significado pela ligação desta imagem ao Santuário de Fátima, e as pessoas sentem assim, de forma mais profunda, a ligação com a Cova da Iria e com as Aparições de 1917 na celebração do seu centenário”, concluiu.

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