Jornadas da Pastoral Familiar decorrem de olhos postos no Sínodo

Iniciativa será orientada pelos padres Juan Larrú e Duarte da Cunha que participaram na preparação do encontro dos bispos

As jornadas nacionais da Pastoral Familiar em Portugal que decorrem entre hoje e amanhã, em Fátima, com o tema ‘Família e Fecundidade da Igreja’ contam com a participação do responsável pelo Serviço Diocesano, Pe José Constância, bem como o casal Carlos e Rita Braga, de Vila Franca do Campo, que integra a equipa diocesana.

As jornadas nacionais são uma iniciativa da Comissão Episcopal do Laicado e Família, presidida pelo bispo de Portalegre-Castelo Branco, D. Antonino Dias, e vão decorrer no Seminário do Verbo Divino em Fátima, contando com a participação de representantes de todas as dioceses do país.

As jornadas deste ano têm a particularidade de se realizarem justamente no fim de semana em que terminam os trabalhos da Assembleia Extraordinária do Sínodo sobre a família.

A partir do tema escolhido para as jornadas deste ano, ‘Família e Fecundidade da Igreja’, a organização pretende lançar pistas para estreitar relações entre “duas partes” que, para a fé cristã, são “inseparáveis”.

“Lado a lado, serão abordados o lugar da família na vitalidade da Igreja e o lugar da Igreja na vida da família”, adiantam Fátima e Luís Reis, do Secretariado Nacional,  à Agência Ecclesia.

De acordo com o programa, o pe Juan Larrú vai falar sobre a Pastoral Familiar e fecundidade da Igreja e da vocação ao amor e à missão da família.

Quanto ao pe Duarte da Cunha, vai ajudar a olhar para a Pastoral da Família à luz do Sínodo e da sua preparação, inspirado no documento de trabalho (instrumentum laboris) que orientou a caminhada sinodal; e na sua própria experiência e observação privilegiada ao serviço da CCEE.

As orientações de pastoral familiar na Diocese de Angra já estão definidas e o objetivo principal é “ir ao Encontro das Famílias” disse ao Sítio Igreja Açores o responsável Pe José Medeiros Constância, num entrevista no final do mês de Maio.

“A nossa pastoral tem de ser uma espécie de despertador da familia, levando-a a sentir necessidade do Evangelho de forma a que perceba a experiência de Jesus Cristo , a viva e ponha em prática”, disse o sacerdote.

“Hoje os problemas das famílias açorianas não são muito diferentes dos problemas das famílias noutras partes do país. O importante é percebermos o que é que as familias querem porque só escutando-as poderá haver verdadeiro encontro”, sublinha o responsável diocesano pela pastoral familiar.

“Só há uma saída para a mobilização das nossas familias: levá-las a um compromisso mais sério com a comunidade de forma que sejam elas a definirem o que querem. Isso vai levar tempo. Se nó olharmos para a familia hoje facilmente identificamos alguns problemas. A familia está transformada numa espécie de refeitório, num lugar de passagem, onde se vê alguma televisão, se joga computador, se trocam umas mensagens, mas e o diálogo, a reflexão, a partilha efetiva, onde andam” questiona o Pe José Medeiros Constãncia.

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