Jovens açorianos vivem experiência única de oração em trilhos na ilha de São Jorge

Esta terça-feira, os três grupos de jovens iniciaram os trabalhos na Aldeia com um primeiro grupo a sair para os trilhos e os outros dois a participarem em oficinas e ações de limpeza ambiental

Os jovens participantes na Aldeia da Esperança, que decorre até dia 24 na Caldeira da Fajã de Santo Cristo em São Jorge, estão a viver uma intensa semana de missão, descoberta e espiritualidade.

Esta terça feira, o primeiro grupo a sair percorreu o trilho entre a Caldeira e a Fajã dos Cubres, meditando sobre três estações da Via-sacra -1ª, 6ª e 11ª – e depois desenvolveu uma atividade na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes na Fajã dos Cubres. Daí os jovens partiram para a Serra do Topo cumprindo o trilho de descida até à Caldeira da fajã de Santo Cristo. As meditações propostas são o relato da criação e o encontro de Jesus com a Samaritana, a partir do qual os jovens foram convidados a renovarem o seu batismo.

Os outros dois grupos participaram em oficinas e em ações de sensibilização e limpeza ambiental.

“A importância do voluntariado é enorme, está a ser uma experiência bastante interessante e vou aprender bastante”, partilha Sofia Rodrigues, destacando o valor humano do serviço aos outros.

Joana Raposo, animadora de uma das oficinas sobre “Sou Jovem, sou Missão”, inspirado no projeto Melika, desenvolvido pelas irmãs Doroteias em Angola,  sublinha que “o grande objetivo é mostrar aos jovens que a missão pode acontecer ao nosso lado ou num outro país”.

Foto: IA/CR

Neste espírito, foi apresentado o trabalho de voluntariado missionário desenvolvido no âmbito da rede de apadrinhamento de crianças, uma entre muitas oportunidades para os jovens se envolverem em projetos transformadores.

Durante o chamado Dia da Descoberta, figuras como Carlo Acutis e Giorgio Frassati foram apresentadas como modelos de juventude cristã comprometida, suscitando reflexões vocacionais.

Leila Câmara, de São Miguel, partilhou: “Descobri mais sobre a vocação. Foi muito bom ser acolhida e conhecer o testemunho das irmãs e de alguns sacerdotes tendo ficado a conhecer melhor as suas opções de vida e o que elas implicam”.

Natacha Miranda, de São Miguel, tocou na dimensão mais íntima da vocação: “Foi isso que aprendi”, disse recordando que “é o que o coração escolhe e não a cabeça”, que “jesus quer que façamos à nossa vida”.

Também Marta Cunha, da Terceira, afirmou não pertencer ao grupo inicialmente, mas sentiu-se “integrada e acolhida”, destacando a abertura do evento a todos os jovens de fé.

Para Guilherme Resendes, de Rabo de Peixe, a experiência está a ser reveladora: “Estou a gostar muito, não me arrependo de ter vindo. Carlo Acutis e Frassati… merecem ser santos e são”, referiu depois de ter participado na oficina promovida pelas Servas de Nossa Senhora de Fátima, reveladora de algumas biografias de jovens que pela sua vida se tornaram ícones de santidade. Já Beatriz Ferreira resumiu o espírito de todos: “Andei muito caminho… já aprendi algumas coisas”. “Acho que vai ser muito bom”.

Durante estes dias, as oficinas serão muitas e diferenciadas:  Sou jovem, sou chamado, Sou jovem, cuido, Sou jovem, sou esperança, Sou jovem, estou em construção. Estão a ser orientadas pelas irmãs de São José de Cluni, Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, Aliança de Santa Maria, Salesianos e Casa do Povo de Santa Bárbara. Os jovens participam ainda em ações de sensibilização ambiental e de limpeza da costa.

A cruz, símbolo central do cristianismo está também presente nestas oficinas, num desafio à construção de um futuro com sentido, fé e compromisso.

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