Jovens chamados a construir uma verdadeira aldeia de fé e partilha: “Não tenhais medo de influenciar vidas”

Começou hoje a Aldeia da Esperança na Caldeira da fajã de Santo Cristo, na ilha de São Jorge

Num ambiente profundamente espiritual e comunitário, jovens de toda a região participaram na missa de abertura da Aldeia da Esperança que apelou à construção de uma “aldeia verdadeira”, alicerçada em valores como a “vizinhança”, a “proximidade” e “espírito de entreajuda”.

Durante a celebração, presidida pelo bispo de Angra e concelebrada por uma dezena de sacerdotes, quase todos ligados à juventude, D. Armando Esteves Domingues destacou o valor das aldeias enquanto lugares de vizinhança, trabalho partilhado e espírito comunitário.

“Este é um bocadinho de paraíso para onde fomos chamados”, afirmou, convidando os jovens a refletirem sobre o seu papel no mundo atual.

“Quereis ser carta escrita, fermento ou massa?” interpelou o bispo de Angra.

“Vós sois carta escrita… não em pedra, mas pelo Espírito Santo no vosso coração” enfatizou o prelado visivelmente satisfeito com o número de jovens que já chegou à Aldeia. Amanhã ainda chegam mais jovens, nomeadamente um grupo de São Miguel  cujo voo foi cancelado esta tarde.

Esta metáfora inspiradora reforçou a ideia de que cada jovem é chamado a deixar a sua marca na história com amor e esperança.

A homilia ficou ainda marcada por uma “homenagem ao Papa Francisco” com referência especial às encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti, e ao seu apelo para um mundo onde “ninguém se salva sozinho”.

O desejo é que “o mundo se torne uma aldeia”, onde, apesar das diferenças, todos se sintam chamados por Deus à missão comum.

O padre Dinis Silveira, em nome da Ouvidoria, deu as boas-vindas aos participantes, salientando o papel dos muitos voluntários, com destaque para José Eduardo Maciel chefe de núcleo de São Jorge. Na celebração de abertura estiveram algumas autoridades oficiais que ajudaram a construir esta Aldeia nomeadamente uma representante do Governo regional dos Açores e os dois presidentes de Câmara da ilha de São Jorge, Luís Silveira e Décio Pereira, das autarquias de Velas e Calheta respetivamente.

Na missa foi feita uma referência a um mundo em crise, com referências às guerras em Gaza e na Ucrânia, recordando que mesmo “neste cantinho”, a solidariedade e a fé podem mudar realidades.

“O nosso líder é Jesus. Ele é quem nos congrega”, concluiu o prelado, deixando um apelo à missão e à coragem dos jovens para serem influência positiva no mundo.

No final houve um momento de Adoração ao Santíssimo, com procissão eucarística até ao Santuário onde nos próximos dias das 08h00 às 23h00, cada um pode participar num momento de adoração.

Nos próximos três dias, os jovens vão fazer trilhos e participar em oficinas vocacionais.

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