«Lamentação sobre Cristo Morto» regressa à Matriz de Vila Franca do Campo

Entronização da peça de Diogo Contreiras decorreu esta sexta feira.

A pintura sobre madeira “Lamentação sobre Cristo Morto”, do pintor maneirista português do século XVI, Diogo Contreiras, acaba de regressar à Igreja Matriz de Vila Franca do Campo, esta sexta feira, depois de uma ausência de cinco anos, período em que decorreu o restauro, suportado pelo Governo Regional.

 

 

Na cerimónia de entronização desta obra prima do maneirismo em Portugal, o Secretário Regional da Educação e Cultura sublinhou a importância da “recuperação e preservação” do património religioso dos Açores, o que se tem conseguido através “de uma articulação plena entre a Igreja e os poderes públicos”, como espelha, de resto, o protocolo assinado entre a Diocese e o executivo regional para a inventariação, recuperação e preservação do património religioso móvel e imóvel da região, pelo menos nos próximos três anos.

 

Fagundes Duarte foi um dos presentes na cerimónia que decorreu na Matriz de Vila Franca do Campo, que assinalou o regresso desta obra à sua casa mãe.

 

“Lamentação sobre Cristo Morto” é uma pintura sobre madeira que remonta ao período de reconstrução desta igreja de Vila Franca, na sequência da  catástrofe natural que atingiu Vila Franca do Campo em 1522, e aonde chegou por uma mão benemérita.

 

A cerimónia de apresentação do histórico painel, previamente instalado no altar gótico (também recentemente recuperado) no lado sul da Matriz de Vila Franca do Campo, foi organizada pelo Pe José Borges, que abriu a sessão, referindo-se a este momento como “histórico na vida comunitária da paróquia” e de toda a comunidade vila-franquense, deixando uma nota de agradecimento ao Governo por ter suportado os custos do restauro.

 

Também o presidente da Câmara de Vila Franca do campo, Ricardo Rodrigues, frisou a importância de preservar o património cultural local e anunciou que vai requerer à Secretaria Regional da Educação e Cultura a classificação de Vila Franca do Campo como «conjunto de interesse cultural regional».

 

A cerimónia contou ainda com as presenças do Vigário Episcopal para a ilha de São Miguel, Pe Cipriano Pacheco,  e de outros sacerdotes da Ouvidoria  de Vila Franca do Campo, bem como de representantes do Museu Carlos Machado e do Centro de Restauro da Terceira, nomeadamente Raúl Gregório, responsável pelo restauro.

 

Durante a parte final da cerimónia decorreu um  Momento Musical, em que foram executados por João Paulo Costa, barítono, Jane Cockshott, ao oboé, Ana Paula Andrade, ao órgão, Natália Ferraz, ao violoncelo, e o Coro da Matriz de S. Miguel, sob a direcção artística e musical do vilafranquense João Paulo Costa, as peças Stabat Mater Dolorosa  e Quando Corpus Morietur, de Giovanni Pergolesi; Quis est Homo, de Antonio Vivaldi; e Adagio – Elevazione, de Domenico Zipoli.

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