Liga Operária Católica alerta para exclusão em vivem muitas familias

Mensagem de Natal alerta para condições insustentáveis de precariedade laboral

A Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) avisa, na sua mensagem de Natal, que “a condição de marginalização e desânimo, em que vivem hoje milhões de pessoas violentadas e pobres, não poderá durar por muito tempo”.
“O seu clamor aumenta e abraça a terra inteira”, sublinha a LOC/MTC, referindo que “são muitas as pessoas e famílias por esse mundo fora, que em vez de respirarem serenidade e dormirem tranquilas passam noites a magicar caminhos. As amarguras não deixam dormir”.
Na mensagem de Natal publicada na sua página na Internet, a Liga Operária Católica refere, em concreto, as “famílias sem meios, que se veem obrigadas a deixar a sua terra à procura de formas de subsistência noutro lugar; [os] órfãos, que perderam os pais ou foram violentamente separados deles para uma exploração brutal; [os] jovens sob pressão, em busca duma realização profissional, cujo acesso lhes é vedado por míopes políticas económicas”.
Também as “vítimas de tantas formas de violência: desde a prostituição, à droga, à violência doméstica e crianças abusadas por aqueles em quem confiavam, pessoas humilhadas no seu corpo e no seu íntimo” são referidas na mensagem, a par dos trabalhadores “com horários incomportáveis para darem atenção aos filhos” ou “os milhões de migrantes, vítimas de tantos interesses ocultos, muitas vezes instrumentalizados para uso político, a quem se nega a solidariedade e a igualdade”, bem como os sem-abrigo e marginalizadas que vagueiam pelas ruas das cidades.
“Somos chamados a tocar a sua carne, entender seus sofrimentos, para nos comprometermos pessoalmente num serviço que é autêntica evangelização. Nem sempre a maior necessidade é de ordem material, mesmo que esta seja a primeira a manifestar-se”, frisa a LOC/MTC.
Esta organização católica assegura que “escuta o clamor dos pobres, especialmente dos trabalhadores e suas famílias, com as vidas precarizadas pela falta de felicidade e realização, que o seu trabalho lhes deveria proporcionar”.
(Com Lusa)
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