Novas comunidades de vida consagrada são “o melhor remédio” contra o clericalismo

Bispo de Angra presidiu à “tomada de posse” do novo sacerdote da Comunidade de Maria, em Ponta Garça

O Bispo de Angra disse este domingo que as novas comunidades de vida consagrada constituem o “melhor remédio” contra o clericalismo porque “abrem caminho” aos diversos ministérios que devem caracterizar a “igreja de Cristo”.

D. António de Sousa Braga presidiu à Eucaristia dominical na paróquia de Ponta Graça, que recebeu um novo sacerdote- o Pe Oniel Ramiro- brasileiro, da comunidade Obra de Maria, com 33 anos, que vem substituir o Pe Jason Gouveia, que foi paroquiar para o Brasil, para o Estado de São Paulo.

Durante a homília, dedicada quase em exclusivo à importância da vida consagrada, o prelado diocesano lembrou que os consagrados “não são só freiras e frades” e que hoje existe “um sem número de novas formas de vida consagrada” que abrangem todos os estados da vida “desde os sacerdotes aos diáconos, casados, solteiros ou celibatários”.

Em véspera do Dia do Consagrado e no ano da Vida Consagrada, o Bispo de Angra partilhou com os presentes a recente visita ao Brasil, onde participou na celebração das bodas de prata da Comunidade Obra de Maria que é um “exemplo dessa vitalidade que importa trazer à igreja”.

“É uma grande graça para a nossa diocese, nomeadamente para Rabo de Peixe e Ponta Garça -(as duas paróquias onde existem comunidades da Obra de Maria nos Açores)- que todos devem saber apreciar”, disse D. António de Sousa Braga.

A Obra de Maria está nos Açores há quatro anos e possui dois sacerdotes e vários leigos, uns solteiros e outros casados, todos eles consagrados.

O Bispo de Angra aproveitou esta cerimónia para felicitar a equipa da ouvidoria de Vila Franca do Campo, coordenada pelo ouvidor Pe António Cassiano e de que faz parte o Pe José Borges, pároco da Matriz e de Água D´Alto e lembrou a importância da gestão in solidum das várias paróquias que compõem a ouvidoria , o que pressupõe “solidariedade”.

D. António de Sousa Braga deixou, ainda um repto a todos os vilafranquenses para que sejam mais igreja.

“A tomada de posse desta equipa sacerdotal é a expressão do Ministério da Igreja em que acreditamos e de que fazemos parte. Mas não basta pertencer à igreja ou ir à Igreja. É preciso ser Igreja, envolver-se na dinâmica comunitária,  servir a Igreja e não servir-se da Igreja”, disse o prelado diocesano.

Antes da Eucaristia houve um cortejo entre o Centro Pastoral e a Igreja, seguindo-se um pequeno convívio com a comunidade paroquial de Ponta Garça.

O Pe Oniel Ramiro chegou há cerca de uma semana a Ponta Garça onde irá residir e paroquiar. A ouvidoria de Vila Franca do Campo possui cinco paróquias

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