Ordem Franciscana Secular de Portugal escolhe novo conselho nacional

Capítulo reúne entre 26 e 28 de setembro

A Ordem Franciscana Secular de Portugal vai realizar entre 26 e 28 de setembro o capítulo eletivo que vai escolher o novo conselho nacional, para os próximos três anos, no Centro de Espiritualidade Francisco e Jacinta Marto, em Fátima, informa um comunicado a que o Sitio igreja Açores teve acesso esta segunda feira.

“O que queremos? Para onde vamos? O que correu bem? O que precisa ser melhorado?”, são as perguntas que servem de análise do caminho percorrido nos último três anos explica Maria Paula Canário, ministra nacional da Ordem Franciscana Secular em Portugal no referido comunicado.

A responsável revela que “é normal que num capítulo sejam examinados os passos dados nos últimos tempos e que os irmãos possam olhar com coragem para o futuro”.

Nesse sentido, os irmãos capitulares vão eleger o novo conselho que nos próximos três anos, vai “servir a fraternidade nacional, animando, coordenando”.

O frei Fernando Ventura, dos Frades Menores Capuchinhos, vai partilhar uma reflexão sobre a Exortação Apostólica: “Evangelii Gaudium”, do Papa Francisco, na manhã do dia 27 de setembro.

Este momento de revisão e de avaliação da Ordem Franciscana Secular portuguesa tem como tema “Faz-te ao largo” (Lc 5,4) – Ousar servir na alegria e na gratuidade.

A ministra nacional assinala que os irmãos seculares são “a presença do carisma” franciscano “no meio do mundo, e na organização da sociedade”.

Ao todo, nos Açores, os Franciscanos são cerca de mil, distribuídos por 17 fraternidades espalhadas por São Miguel e pelo Faial mas é na ilha Terceira que a comunidade é mais forte e mais numerosa.

Tal deve-se, segundo algumas opiniões, ao modelo como as fraternidades se foram instalando nas ilhas, nomeadamente à proliferação de fraternidades em espaço paroquial na ilha Terceira, como reconhece Duarte Chaves no artigo “A Venerável Ordem Terceira da Penitência, uma vivência na identidade franciscana no arquipélago dos Açores”, publicado no Boletim do Núcleo Cultural da Horta. O Corvo é a única exceção de uma presença mais vincada das três ordens desta enorme família religiosa.

Além da contemplação, da oração e do estudo subjacentes às ordens monásticas, a esta acresceu sempre, desde o início, uma componente de evangelização socialmente mais interventiva em que a pobreza é tida como um modelo de virtude e a pregação um veículo para a difusão da sua mensagem, destacando-se, ainda a componente laical e de fraternidade entre eclesiásticos e leigos no interior da família franciscana.

Em termos nacionais os Franciscanos dos Açores representam um terço dos Franciscanos portugueses e a sua história está muito relacionada com a história do arquipélago e com os cultos penitenciais da quaresma, o Espirito Santo e o Senhor Santo Cristo dos Milgares.

 

 

Ainda hoje, os Terceiros ocupam um lugar cimeiro na organização das procissões quaresmais, de entre as quais se destacam as procissões dos Passos e da Penitência, sendo esta última na ilha de São Miguel, conhecida como a “procissão dos terceiros”.

De resto, esta é uma das principais atividades dos Terceiros que, nos Açores perderam protagonismo nas ações de cariz social com o surgimento de outros grupos dentro da Igreja.

Desde 2004 que os Terceiros Seculares dispõem no arquipélago do apoio espiritual da Ordem dos Frades Menores, com quem os seculares mantém um vínculo forte, nomeadamente Frei Mário Jorge Barbosa que juntamente com os padres paroquiais dá assistência espiritual aos membros das Fraternidades.

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