Ouvidor de São Jorge alerta que depois da Aldeia é tempo de renovar a pastoral juvenil diocesana

Padre Dinis Silveira foi o anfitrião da primeira edição da Aldeia da Esperança, que terminou esta quinta feira na Caldeira da Fajã de Santo Cristo (c/ vídeo)

Foto: Igreja Açores/CR

 

O responsável pela ouvidoria de São Jorge, e principal anfitrião da Aldeia da Esperança, afirma que a ilha apenas contribuiu para lançar a aventura, o dever de a continuar começa agora com novas edições e novos desafios. Desde logo o da renovação da Pastoral Juvenil diocesana.

“Pastoralmente todos estes jovens fizeram uma experiência de comunhão única desde logo pelo lugar mas também pelo que aqui se desenvolveu. O que se espera agora é uma renovação da pastoral juvenil que faça com que estes rapazes e raparigas que se deixaram tocar sejam também evangelizadores noutros ambientes” refere o sacerdote em declarações ao sítio Igreja Açores no final da Aldeia da esperança que terminou esta noite na Caldeira da Fajã de Santo Cristo, em São Jorge.

“O dever começa agora. O que fizemos foi dar umas bases a estes jovens que transportam consigo uma alegria contagiante e que vão ser agora sementes de esperança nos lugares onde eles vivem e convivem”, referiu o sacerdote que em setembro começará a servir no Pico.

“Esta é aventura que sabemos vai ter continuidade” referiu.

“Nós preparamos algo que agora continua. Esse é o grande desafio. Lançamos sementes ; os frutos serão aqueles que Nosso Senhor entender” acrescentou ainda.

“Espiritualmente foi uma experiência muito especial, desde logo pela geografia: meia Aldeia foi feita pela beleza deste sitio, o isolamento que convida ao estreitamento de laços que transpareceu nos momentos de oração” explicitou, por outro lado, ao recordar que este lugar “é um verdadeiro livro da criação”.

A escolha de São Jorge para a realização da primeira Aldeia da Esperança foi também, de certa forma, uma homenagem ao Papa Francisco, nomeadamente à encíclica Laudato Si, docuemnto do Pontificado de Francisco sobre a Ecologia Integral, que já serviu de base ao primeiro grande evento juvenil deste episcopado, que foi a subida à Montanha da ilha do Pico numa celebração de envio de cerca de uma centena e meia de jovens açorianos à Jornada Mundial da Juventude de 2023, faz hoje precisamente dois anos. Na ocasião os jovens assinaram o `Pacto da Montanha´, um compromisso com a sustentabilidade do Planeta, tendo inclusive plantado várias árvores em várias ilhas como sinal desse compromisso.

Entre segunda e quinta-feira, cerca de 300 jovens de quase todas as ilhas participaram em oficinas de oração e conhecimento sobre a missão, santidade, discernimento vocacional e lectio divina, percorrendo igualmente a biografia de várias figuras da igreja que já foram declaradas santas como Carlos Acustis e P. Frassati que em setembro próximo serão canonizados em Roma pelo Papa Leão XIV.

A Aldeia da Esperança foi um evento promovido pela diocese de Angra e coordenado pelo Grupo Coordenador do jubileu, o Serviço Diocesano da Juventude e a Ouvidoria de São Jorge, contando com um especial envolvimento do CNE na ilha e de várias entidades públicas e privadas de que se destacam o Governo regional dos Açores, as duas câmaras da ilha- Calheta e Velas- e dos Grupos Bensaúde, Pornicol, Transportes Graciosenses, Finançor, entre outros.

 

Scroll to Top