Papa: é urgente uma nova economia mundial que seja inclusiva

Francisco recebeu 800 empresários de mais de 40 países e afirma que a nova economia tem de cuidar do bem comum, da natureza, assegurando um futuro sustentável às novas gerações

A Sala Paulo VI, no Vaticano, recebeu esta sexta-feira mais de 800 gestores e empresários de 40 países, que participam no 27° Congresso Mundial da Uniapac – a União Cristã Internacional de Executivos, uma organização ecumênica sem fins lucrativos com sede em Paris.

evento de três dias termina este sábado com o ponto alto justamente no encontro com o Papa Francisco que procurou reforçar o compromisso da nobre vocação da classe através do tema que orienta o evento, ou seja, “a coragem de mudar” o modo de viver dentro das empresas, as relações entre dirigentes e dependentes e até com o meio ambiente.

“A mudança sempre requer coragem. Mas a verdadeira coragem também exige que sejamos capazes de reconhecer a graça divina na nossa vida” afirmou o Santo Padre que fala na necessidade de cuidar e proteger o bem comum.

“Não há dúvida de que nosso mundo precisa urgentemente ‘de uma economia diferente, aquela que faz viver e não mata, inclui e não exclui, humaniza e não desumaniza, cuida da criação e não a destrua”, disse Francisco.

“Portanto, qualquer ‘nova economia para o bem comum’ deve ser inclusivaMuitas vezes o slogan ‘não deixar ninguém para trás’ é proferido sem qualquer intenção de oferecer o sacrifício e o esforço para realmente transformar essas palavras em realidade. […] No cumprimento da profissão, vocês, líderes de empresas e empresários, são chamados a agir como fermento para garantir que o desenvolvimento chegue a todas as pessoas, mas especialmente às mais marginalizadas, mais necessitadas, de modo que a economia possa sempre contribuir para o crescimento humano integral”, afirmou ainda.

O Sumo Pontificie lembrou que só o trabalho dignifica a vida do homem.

“Na verdade, a porta de entrada para a dignidade de um homem é o trabalho. Não basta levar o pão para casa, é necessário ganhar o pão que eu levo para casa.”

(Com Vatican News)

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