Papa pede fim da “bisbilhotice” que mina a paz nas comunidades católicas

Francisco diz que Espírito Santo gera “obras e palavras boas” em quem o acolhe

O Papa pediu hoje o fim da “bisbilhotice” que mina a paz nas comunidades católicas, numa reflexão sobre a ação do Espírito Santo, que gera “obras e palavras, as palavras boas, que edificam”.

“Não as palavras da bisbilhotice, que destroem”, advertiu, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.

Perante milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, Francisco prosseguiu a reflexão sobre o Sacramento do Crisma, realçando que neste se recebe a paz, como um “dom” que deve ser transmitido aos outros.

“Pensem bem: a bisbilhotice não é uma obra do Espírito Santo, não é uma obra da Igreja, destrói o que Deus faz. Por favor, evitemos bisbilhotar! De acordo? Sim ou não? Isso”, referiu, num diálogo com a multidão, que saudou a intervenção improvisada com uma salva de palmas.

Francisco sublinhou que a Confirmação, sacramento que se recebe uma só vez, tem um dinamismo espiritual que “perdura ao longo do tempo”.

“O dom do Espírito Santo entra em nós e dá frutos, para que nós, depois, o possamos dar aos outros”, precisou.

Com este sacramento, observou o Papa, os católicos são chamados a passar do “eu” ao “nós” da comunidade cristã e da sociedade, com a “coragem apostólica” de anunciar o Evangelho com palavras e obras.

A catequese deixou votos de que todos os que foram crismados evitem “enterrar” ou “enjaular” o Espírito Santo e saibam “gastar a vida por Deus e pelos irmãos”.

No final da audiência, Francisco saudou os peregrinos de língua portuguesa.

“Todos nós que recebemos o dom do Espírito Santo devemos invocá-lo com mais frequência, para que Ele nos guie pela estrada dos discípulos de Cristo, aos quais é pedido que sejam cristãos em todas as circunstâncias e escolhas da vida. Que Deus vos abençoe!”, declarou.

O Papa recordou depois que esta sexta-feira se celebra, na Igreja Católica, a solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

“Convido-vos a rezar, no mês de junho, ao Coração de Jesus e a sustentar, com proximidade e afeto, os vossos sacerdotes, para que sejam imagem desse coração cheio de amor misericordioso”, concluiu.

(Com Ecclesia)

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