Pastoral social apela à sinalização das familias que passam necessidades em cada uma das comunidades paroquiais açorianas

Foto: Lusa

Mensagem Pascal denuncia dificuldades das famílias açorianas e fala em um terço de pessoas pobres no arquipélago

A sinalização das famílias em dificuldades em cada comunidade paroquial açoriana e o compromisso de ajuda dentro da própria comunidade constituem dois apelos feitos pelo Serviço Diocesano da Pastoral Social da diocese de Angra na mensagem Pascal que acaba de enviar ao sítio Igreja Açores.

O Serviço Diocesano da Pastoral Social recomenda “a que se proceda a um levantamento das famílias que passam por dificuldades para que, com o empenho dos cristãos, se encontrem respostas para satisfação das necessidades básicas e, em conjunto, promovam a sua dignidade e integração social” pode ler-se na mensagem enviada este domingo.

“As situações de pobreza em que vivem cerca de 1/3 dos açorianos de todas as faixas etárias, devem preocupar todas as comunidades cristãs para que algo mude à nossa volta”afirma a mensagem, citando uma passagem da mensagem para a Quaresma do bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues.,

O Serviço Diocesano para a Pastoral Social “consciente das dificuldades” por que passam tantas “famílias dilaceradas e sem teto nos territórios em guerra e em vastas regiões devastadas pelas calamidades, pela fome persistente e pela miséria escandalosa, entendeu ser seu dever apelar a todo o Povo de Deus e aos homens e mulheres de boa vontade para “Caminhar juntos com Jesus, entre nós, [o que] significa estar atento a quem vai ao lado, a não deixar caído nem só, a atender os seus gritos, a procurar ser ‘casa para ele“”, lê-se ainda na mensagem referida.

A questão da premência habitacional, face ao crescente aumento das taxas de juros dos empréstimos, que agrava o esforço financeiro das famílias, muitas delas sobre-endividadas e com baixos recursos financeiros, decorrentes do trabalho precário e mal pago, motiva ainda o Serviço Diocesano da Pastoral Social a unir a sua voz aos apelos do bispo diocesano no sentido das comunidades se organizarem “para escutar a dor de quem passa por dificuldades comprovadas e não consegue pagar a casa e sustentar a família”.

Recorde-se que na mensagem para esta Quaresma, D. Armando Esteves Domingues recomendava a que em cada paróquia se fizesse o levantamento possível sobre as famílias em dificuldade e que se desse uma ajuda monetária cada mês para ajudar essas famílias, sugerindo mesmo que em cada comunidade se pudesse ajudar cim regularidade duas ou três famílias.

“Neste tempo quaresmal, em que o compromisso batismal se tem de traduzir no testemunho e na partilha mais importante do que salientar as dificuldades é empenhar-se na resolução dos problemas” frisa a mensagem citando de novo o prelado diocesano.

“Essas tarefas, sobretudo nesta fase difícil que atinge largas faixas da população, cabem a todos os que acreditam na mensagem Pascal do Cristo Ressuscitado que deu a própria vida em prol da salvação do homem todo e de todos os homens” diz a mensagem recordando que “Este é o tempo de agir em consonância com o Evangelho, na certeza de que é possível e necessário construir um mundo melhor e mais solidário”.

Foi decidido destinar a Renúncia Quaresmal, através da Cáritas Internacional, às vítimas do terramoto na Síria.

O Serviço Diocesano da Pastoral Social é liderado por Piedade Lalanda tendo como assistente o padre Vitor Arruda, pároco de São Pedro, em Ponta Delgada.

 

 

 

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