Pastoral Social diocesana quer “optimizar” apoios aos mais desfavorecidos

Serviço Diocesano reúne com responsáveis pastorais da ilha Terceira no Dia Mundial dos Pobres, 13 de novembro, no Seminário de Angra para apresentar guião para a criação do `Serviço Social Paroquial´

O Serviço Diocesano da Pastoral Social promove no próximo dia 13 de novembro, no Seminário de Angra, uma reunião com todos os agentes da pastoral social da ilha Terceira, para apresentar, refletir e implementar o “guião” elaborado no ano passado com vista “à optimização” dos apoios sociais por parte da Igreja, em cada comunidade local, das 165 paróquias.

A proposta, que visa a criação de um serviço social paroquial de proximidade assenta no principio cristão de “ver, julgar e agir” para proporcionar linhas para “o acolhimento de pessoas e famílias em situação de dificuldade”, e perceber quais são as “desigualdades e injustiças” para as necessidades identificadas.

“ As paróquias não podem trabalhar sozinhas nesta problemática e aquilo que nós gostaríamos é que qualquer pessoa que esteja numa situação desfavorável possa procurar e confiar na Igreja para pedir ajuda e a Igreja, mesmo não tendo condições para responder, possa ser o mediador com outras instituições da comunidade como as juntas de freguesia, por exemplo” refere ao Igreja Açores Piedade Lalanda, responsável diocesana pela pastoral social.

“Uma igreja próxima, que aja em articulação com as demais entidades da comunidade é o que se deseja” diz a diretora do Serviço que elaborou o guião já distribuído a todas as paróquias da diocese com um conjunto de orientações com boas práticas de intervenção social.

O documento “simples e concreto” foi inspirado nos documentos do Magistério, em particular os do Papa Francisco- Alegria do Evangelho e todos Irmãos-, duas encíclicas onde o Papa mais discorre sobre o papel da Igreja nas questões sociais.

O novo documento, para além da criação de núcleos de Pastoral Social, propõe uma caracterização do universo de pessoas vulneráveis, a validação “do registo de pedido de ajuda com outras entidades”, o acompanhamento de “situações sinalizadas”, a “avaliação permanente da ação da pastoral social e o envolvimento da comunidade paroquial.

“Para promovermos uma igreja de proximidade a paróquia é fundamental” refere Piedade Lalanda.

“O conhecimento de casos pontuais deve levar a um acompanhamento mais prolongado: a ajuda não deve ficar-se apenas pela doação de um cabaz pontual e todas as paróquias devem ter uma especial preocupação com estas matérias” refere ainda lembrando a implantação no terreno da Cáritas e dos Vicentinos, que “fazem muito mas há alguns lugares onde nem esta realidade ainda existe”.

“Optimizar estes recursos, onde eles existam, e criar novos impulsos na dinâmica social das comunidades” é o grande desafio refere ainda a socióloga.

“Vivemos, infelizmente, problemas muito sérios: pobreza, falta de emprego, perda de rendimentos, dificuldades no acesso à saúde“ exemplifica ao sublinhar que a Igreja tem de ser o rosto mais próximo de ajuda.

“Temos de sair do nosso mundo e ir ao encontro de todos os que vivem mais dificuldades” remata, numa entrevista que pode ser ouvida esta tarde no programa de rádio Igreja Açores.

O Serviço da Pastoral Social da Diocese de Angra assinala que este setor “é ou deveria ser” o rosto humano de cada comunidade paroquial e constitui “a resposta social da Igreja, como comunidade dos crentes”, inspirada na Doutrina Social da Igreja, e na caridade cristã.

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