Peregrinos de palmo e meio alargam horizontes de fé e de oração

46 crianças dos Açores participam na 38ª Peregrinação das Crianças em Fátima

A peregrinação anual a Fátima das crianças da diocese de Angra é uma “oportunidade para se encontrarem com uma experiência de fé, de oração, mas também de convívio com a multiculturalidade” disse ao Sítio Igreja Açores o assistente do Movimento da Mensagem de Fátima que acompanhou as 46 crianças açorianas à 38ª Peregrinação das Crianças à Cova da Iria, em Fátima.

“É sempre uma experiência apaixonante porque o que  eles mais aprendem é o encontro com a realidade da fé, quer através das mensagens que Fátima tem para eles como o reviver toda a história da catequese no museu da Vida de Cristo, por exemplo mas também,  uma experiência de convivência com a multiculturalidade presente nestes dias em Fátima” disse o Pe José Júlio Rocha.

O sacerdote, que acompanha esta Peregrinação há mais de 20 anos, lembra que a fé dos portugueses é “profundamente mariana” e por isso “Fátima faz parte de um  itinerário catequético destas crianças que ouvem falar de Fátima na catequese mas também em casa com os avós”, sublinhou ainda.

Esta peregrinação anual é trabalhada especialmente pelo Movimento da Mensagem de Fátima na diocese insular.

José Duarte Soares, um dos responsáveis do Movimento,  diz que apesar de “não ser fácil toda a logística é sempre um momento muito gratificante porque além de unir as crianças também permite um maior contacto entre os adultos”.

É esta também a opinião de Floriana Fidalgo, catequista da Relva, uma das duas paróquias da ilha de São Miguel, que trouxe a Fátima 18 crianças.

“A primeira vez que viemos foi em 2000, durante a beatificação dos pastorinhos. Desde então seguimos à risca o conselho deixado pelo Papa São João Paulo II e iniciámos na Relva uma escola de Maria, com adoração eucarística mensal”.

“Estas crianças estão bem preparadas e familiarizadas com a mensagem de Fátima,  que é uma mensagem simples de oração e sacrifico para a reparação do imaculado coração de Maria e também para a conversão dos pecadores”, disse ainda.

Carolina e David são “dois produtos” desta escola. Com a lição bem estudada disseram ao Sítio Igreja Açores que estavam contentes de estar em Fátima e tal como os pastorinhos estavam habituados a “rezar a Jesus escondido”.

Com 11 anos, ambos responderam ao desafio lançado pela catequista e durante o mês de maio fizeram uma boa ação para “Deixar Jesus Contente” (o lema dregrinação).

“Consolei várias pessoas” disse David; “e eu brinquei muito com crianças deficientes” disse por outro lado, Carolina, ambos com 11 anos.

A experiência de Fátima “é para repetir” por que “é muito engraçado rezar com os amigos” avançou, por outro lado, a Júlia, oriunda do Raminho, na ilha Terceira.

“Já estive cá com os meus pais mas foi diferente”; agora “pude agradecer a Nossa Senhora o facto da minha mãe ter ficado melhor”. Já o Joel, de São Bartolomeu, também na ilha Terceira, sublinha a importância e a novidade da visita aos museus, de Cera e da Vida de Cristo.

“Fazer amizades também deixa Jesus contente” diz Mara, da Ribeirinha.

A 38ª Peregrinação das Crianças termina esta sexta feira com uma encenação sobre a mensagem do Anjo aos Pastorinhos na Basílica da Santíssima Trindade.

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