Professores de EMRC “cumprem um papel social” nas escolas

Avaliação dos conselhos executivos é “muito positiva”, diz responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral Escolar

Além de leccionar a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), a maioria dos professores afetos à cadeira “cumpre uma função social na escola que vai para além da atividade letiva”, disse ao Sítio Igreja Açores o responsável pelo Serviço Diocesano da Pastoral Escolar que desde segunda feira está a visitar todas as escolas de São Miguel para uma avaliação do ano letivo que agora terminou.

“Fico muito satisfeito quando vejo e ouço uma avaliação positiva do desempenho dos nossos professores que para além de darem aulas de EMRC também participam e estão integrados em imensas actividades, comissões e departamentos escolares onde cumprem um papel e uma função social de registo”, sublinhou o Cónego Adriano Borges.

Dos 63 professores de EMRC, distribuídos por todas as escolas da região à exceção da ilha do Corvo, a “esmagadora maioria” faz parte das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, em representação das escolas, Conselhos pedagógicos, Assembleias de Escola para “além do apoio e do acolhimento que fazem aos alunos”.

O responsável diocesano por este serviço, acompanhado do delegado para São Miguel, Bento Aguiar,  está a visitar todas as escolas da maior ilha do arquipélago para fazer a avaliação deste ano letivo e preparar o próximo. Reuniões que terá também nas ilhas do Faial e do Pico, depois de já ter percorrido as escolas da ilha Terceira. Desta vez, na ilha de São Miguel ficam de fora apenas as escolas da Povoação, Nordeste e Maia, por terem sido visitadas “recentemente”.

“Fazemos sempre isto porque queremos ver qual é o grau de satisfação dos alunos face ao desempenho dos nossos docentes pois para nós o acolhimento e o ensino de valores é fundamental”, reforçou o sacerdote, para quem a disciplina de EMRC deve desenvolver na escola uma pedagogia “ de acolhimento”.

O novo ano letivo deverá manter o mesmo número de professores efetivos e contratados, embora o Serviço tenha insistido num pedido de reforço do número de docentes em Rabo de Peixe, em São Miguel.

A perspetiva do Serviço, embora “ainda seja prematuro avançar números porque estamos em fase de elaboração das turmas” é de “manter o número de alunos, e nalgumas escolas até aumentar o número de matrículas nesta disciplina”, acrescenta o Cónego Adriano Borges.

O novo ano letivo vai arrancar com um novo programa e novos manuais. E, para colocar os professores ao corrente das mudanças, realiza-se uma ação de formação de 1 a 4 de setembro, no Centro Pastoral Pio XII, em ponta Delgada, inserida na dinâmica do novo programa e manuais, que já conta com 29 inscritos. A ação de formação será ministrada por Bento Aguiar e pelo diácono António Rocha, está acreditada para professores de EMRC, durará 25 horas e constituirá uma unidade de crédito pois será ministrada por dois formadores numa escola certificada, a Escola Secundária do Nordeste.

Os novos manuais de EMRC foram apresentados no Fórum da disciplina que decorreu em Fátima no inicio de maio e têm o objetivo de ser “um instrumento de aprendizagem e de educação” e de “ligação escola- família”, “envolvendo pais e filhos de uma forma mais concreta e estreita”.

De resto, os manuais refletem uma mudança, sobretudo, ao nível do que são os conteúdos do primeiro ciclo “que tem sido a nossa grande aposta nos Açores” e também no secundário, mostrando e partindo daquilo que “ é hoje a criança e o adolescente no mundo”.

Quer o programa, que já foi homologado pelo Ministério da Educação quer os manuais orientam-se segundo “metas educativas e não objetivos” como antes e são “mais práticos”, permitindo que “as crianças e os jovens se sintam cada vez melhor nesta disciplina”.

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