Proposta de venda da Casa de Retiros de Santa Catarina segue para Roma

Colégio de Consultores e Conselho Diocesano para os Assuntos Económicos dão parecer positivo  à alienação do Solar terceirense

A proposta de aquisição do Solar de Santa Catarina, em Angra do Heroísmo, na ilha terceira, apresentada por um grupo privado mereceu o acolhimento “favorável” do Colégio de Consultores e do Conselho Diocesano para os Assuntos Económicos, disse esta tarde ao Sítio Igreja Açores o Porta Voz da Diocese, Pe Hélder Fonseca Mendes.

“ O processo vai ser agora devidamente instruído e fundamentado para ser enviado para a Congregação do Clero em Roma, que é a entidade que tem a competência para autorizar a compra ou venda de imóveis diocesanos acima de um montante de 1,5 milhões de euros”, sublinhou o porta voz.

“Até esse montante, qualquer operação é autorizada ao nível diocesano, pelo prelado depois de consultados o Colégio de Consultores e o Conselho de Assuntos Económicos; acima desse valor, os processos têm de ser autorizados por Roma”, sublinha ainda o Pe Hélder Fonseca Mendes.

Em causa está a venda por parte da Diocese da Casa de retiros de Santa Catarina, um solar do século XVII, adquirido pelo Bispo D. Manuel Afonso de Carvalho para residência episcopal, mas que, desde a sua morte, tem funcionado como Centro Pastoral da Ilha, acolhendo os habituais retiros e reuniões mais alargadas do clero e de leigos.

Esta foi, aliás, uma das notas sublinhadas pelos Conselheiros do Colégio de Consultores que solicitaram a “melhor atenção” da diocese no sentido de encontrar “alternativas adequadas” para acolher o Centro Pastoral da ilha Terceira, quer no que respeita à instalação dos secretariados dos serviços diocesanos, incluindo a Cáritas, quer no que respeita a um espaço que sirva para acolher os retiros, o que implica capacidade de alojamento e de refeitório.

Uma situação que “está já acautelada pelos imóveis que são propriedade da diocese como o edifício das Obras Católicas, o Seminário de Angra e a Casa Santa Maria Goretti que podem ser reabilitados para o efeito”, avançou ainda o Porta Voz da diocese, lembrando que estas “intervenções já estavam previstas”.

O Colégio de Consultores deu luz verde ao empréstimo que a Paróquia dos Flamengos, na ilha do Faial, vai contrair para a construção da igreja, orçada em 1,4 milhões de euros (montante global que será comparticipado pelo Governo Regional em 75%) e à operação de doação de um imóvel à Paróquia da Matriz de Vila Franca do Campo, na ilha de São Miguel, para a instalação do Centro Pastoral, e respetivas obras de reabilitação.

Os membros do Colégio de Consultores adiaram, ainda,  uma decisão final sobre as obras de recuperação do Passal de Santa Cruz, na ilha das Flores. Embora reconheçam a “sua urgência”, o montante envolvido (cerca de 250 mil euros) e o facto de ser uma obra comparticipada pelo Governo Regional dos Açores “aconselham a que haja mais esclarecimentos sobre o valor da comparticipação e o timing para a execução da obra”, frisou o Pe Hélder Fonseca Mendes.

O Colégio de Consultores é um órgão diocesano de consulta do Bispo de Angra composto pelo Vigário Geral, Pe Hélder Fonseca Mendes; o Vigário Episcopal, Pe Cipriano Pacheco; o Ecónomo, Pe Adriano Borges, o reitor do Seminário, Pe Hélder Miranda Alexandre; os ouvidores de Ponta Delgada- Pe José Medeiros Constância , da Terceira- Pe António Henrique Pereira e do Pico- Pe Marco Martinho e pelo Pe Marco Gomes.

Scroll to Top