Reflexão sobre a vida paroquial

Por Renato Moura

Por proposta dos Párocos que exercem o seu múnus na Ouvidoria das Flores, o Conselho Pastoral da Ilha aprovou um documento para motivar a reflexão sobre a vida cristã e comunitária em cada uma das 11 paróquias, feita no seio dos respectivos conselhos pastorais, sem a presença dos párocos, facilitando a sinceridade e liberdade.

Acabou, todavia, sendo decidido, alargar a participação, dando a oportunidade a todos os paroquianos, que assim quisessem, poderem também eles dar uma opinião pessoal ou transmitir o resultado de uma reflexão em família ou grupo, identificada ou sob anonimato, feita a partir de um questionário distribuído nas igrejas, para posterior recolha.

Não foram muitas as perguntas, mas as suficientes para permitir uma reflexão sobre a situação da vida cristã e comunitária em cada paróquia e na Ouvidoria, identificação dos eventuais problemas e formas possíveis de os solucionar.

O documento conduzia para uma análise, individual e colectiva, sobre o comprometimento e assunção de responsabilidades na vida da comunidade e da Ouvidoria, nos seus diversos serviços e sectores. Procurava indagar também se eram suficientes as actividades planeadas para cada paróquia, bem como acerca do nível de participação dos cristãos e perguntava ainda sobre a adequação dos horários das celebrações. Estando em aplicação nas Flores uma Pastoral «in solidum», uma pergunta versava sobre a participação da paróquia nas actividades da Ouvidoria. Deu-se também abertura para ouvir opiniões frontais sobre o que se entendia ser de eliminar, por já não fazer sentido, ao nível de freguesia ou de ilha.

Finalmente facultava-se a possibilidade de os paroquianos avançarem com propostas de actividades a realizar, sejam elas no âmbito da respectiva paróquia, ou na Ouvidoria.

Sabendo-se que a Igreja somos todos, embora o clero e os conselhos tenham responsabilidades especiais, foi assim aberta uma oportunidade de muitos cristãos se pronunciarem sobre um conjunto de matérias que frequentemente se ouvem debatidas, criticadas – com conhecimento suficiente ou sem ele, justa ou injustamente – na praça pública, ou até nos mentideiros locais.

Os conselhos pastorais, sejam de paróquia ou Ouvidoria, vão ficar de posse de elementos importantes que os habilitem a avaliar melhor o seu trabalho e ponderar iniciativas futuras. O clero e os elementos de cada um dos conselhos pastorais ficam a conhecer opiniões preciosas que, com humildade cristã, ajudarão a traçar os caminhos das respectivas actuações.

Assim saibamos aproveitar.

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