Solenidade do Senhor dos Passos da Cidade da Horta mobiliza Ordem Terceira

Tradição com raízes no franciscanismo mobiliza toda a cidade faialense e arranca hoje, dia 10, até domingo

A Ordem Terceira Franciscana da Horta vai organizar a Solenidade do Senhor dos Passos, na Igreja Matriz do Santíssimo Salvador, cumprindo mais um ano de tradição daquela que é uma das heranças mais expressivas do Franciscanismo na Ilha. A partir de hoje e até domingo,  esta tradição penitencial mobilizará as comunidades paroquiais da ilha, especialmente as da cidade da Horta. O tríduo preparatório e a procissão solene, no domingo, serão presididos pelo Reitor do Seminário Episcopal de Angra, padre Hélder Miranda Alexandre.
Esta quinta-feira realiza-se uma via-sacra, às 18h30,  participada pela Ordem Terceira Franciscana da Horta, seguida de Missa, às 19h00, com o especial envolvimento da paróquia das Angústias.
Amanhã, sexta-feira, entre as 15h30 e as 17h30 haverá o momento propicio à celebração do sacramento da Reconciliação; ás 18h30 realiza-se novamente a via-sacra e às 19h00 a missa, com a especial participação da comunidade paroquial da Conceição. Às 20h30, no salão do Bom Pastor, na paróquia da Matriz haverá o Encontro com jovens em ordem à preparação da Jornada Mundial da Juventude, em agosto de 2023, em Lisboa.
No sábado, haverá novamente via-sacra às 18h30, seguida de missa às 19, desta feita especialmente animada pela comunidade paroquial da Matriz do Santíssimo Salvador.
No domingo, a procissão do Senhor dos Passos sairá à rua pelas 16h00, com o “Sermão do Encontro” a ser proferido na Praça da República. Segue-se depois a Missa Solene, na Igreja do carmo, com o Grupo Coral Litúrgico e participação dos irmãos das Ordem Terceira Franciscana , Confrarias do Santíssimo e demais Irmandades da cidade.

As procissões de Passos são comuns no arquipélago, particularmente relevantes nas paróquias e ouvidorias onde existem fraternidades franciscanas ainda ativas, como a Horta ou da Ribeira Grande, para além de Angra do Heroísmo, onde a tradição é muito antiga.

Estas  procissões foram levadas para os Açores pelos primeiros povoadores – eram manifestações litúrgicas e populares de fé, entre o século XIV e XVIII, em muitas das cidades e vilas – e dali para o Brasil, onde, ainda hoje são das maiores manifestações religiosas em Florianópolis (Santa Catarina) e Olinda (Rio Grande do Sul).

A procissão faz memória do trajeto percorrido por Jesus Cristo desde sua condenação à morte no pretório até ao sepultamento, após ter sido crucificado. O trajecto é composto por 14 estações, que compõem a chamada via-sacra.

(Notícia corrigida às 15h03 do dia de hoje, 10 de março)

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