“Caros padres, leigos, irmandades, movimentos de apostolado não se cansem de ser testemunho da unidade, do amor e da paz de Deus”- D. Armando Esteves Domingues
O bispo de Angra presidiu esta manhã à concelebração eucarística por intenção da Irmandade do Senhor Santo Cristo e dos seus benfeitores e apelou à unidade dentro da Igreja.
“Não se cansem de ser testemunho da unidade, do amor e da paz de Deus. Precisamos estar juntos”, afirmou D. Armando Esteves Domingues.
“Fomos uma equipa só estes dias sentindo que esta era uma missão de toda a Igreja. A proximidade é essencial. O mundo precisa de experimentar esta unidade” explicitou o prelado que concelebrou com o arcebispo de Boston, o reitor do santuário e mais alguns sacerdotes, entre eles o ouvidor de Ponta Delgada.
“Queremos ser próximos e construir a unidade com todos. Não devia haver ninguém nem nada dentro da Igreja que pudesse deixar de fazer da intimidade com Deus o símbolo da unidade. Levemos ao mundo a força do espírito que nos é comunicada”, afirmou ainda o prelado diocesano.
“Que estes dias sejam de esperança para o mundo. Que sejamos testemunhas desta fraternidade circulante”, disse.
D. Armando Esteves Domingues que esta tarde ainda presidirá na Clínica do Bom Jesus, no âmbito destas festas, com a equipa sacerdotal que reside na Casa Betânia, residência do clero em Ponta Delgada, afirmou, por outro lado, que “ninguém pode ficar indiferente a estas manifestações de fé diante de uma Deus amigo, um Deus de amor”.
“Durante muitos momentos questionei-me sobre o que significariam as lágrimas derramadas e veio-me à memória a afirmação de alguém que dizia que é àquela lágrima que faz com que haja um arco Íris… Caros irmãos, é sempre esta ligação entre Deus e nós”.
D. Armando Esteves Domingues falou ainda da fragilidade e da gratuidade, palavras-chave no Cristianismo.
“Deus ama-nos de graça! É um adjetivo que provém de um advérbio, ou seja, não indica tanto uma coisa a fazer ou a acreditar, mas um estilo, uma atitude, uma maneira de fazer as coisas, um modo de viver: aquele em que se vive `de graça´, sem ter de pagar”, sublinhou.
“Quantas coisas há na Igreja que fazemos de graça?” interpelou destacando que a salvação cristã é sempre obra do amor”, e por isso, “à gratuidade de Deus respondamos com a gratuidade com todos”.
Depois da Eucaristia, Polícia, Bombeiros, Taxistas e Motards prestaram a habitual homenagem ao Senhor Santo Cristo desfilando em volta do Campo de São Francisco. Alguns pararam mesmo para prestar uma homenagem mais pessoal ajoelhando-se ou benzendo-se fora dos carros e da motos.
A festa do Senhor Santo Cristo termina quinta-feira, com uma Via Lucis. Um musical sobre a Esperança feito por jovens no Forte de São Brás, com entrada livre a partir das 21h00.