A desertificação exige um novo olhar sobre o Faial, alerta o bispo de Angra

D. João lavrador terminou visita pastoral e chama a atenção para a falta de pessoas na ilha

A progressiva desertificação, com a consequente diminuição da prática religiosa dominical na ilha do Faial a par de alguma apatia de sectores fundamentais da pastoral como a família e a juventude, por falta de pessoas, são para o bispo de Angra alguns dos principais problemas que devem merecer a atenção e a ação da igreja local.

D. João Lavrador terminou no passado dia 21 a visita pastoral à ilha, iniciada em novembro, durante a qual visitou paróquias, instituições ligadas à igreja e à vida comunitária em geral.

Em declarações ao Igreja Açores, que pode ouvir no próximo domingo a partir das 12h00, no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, o prelado diocesano diz-se preocupado com as repercussões futuras da baixa natalidade na dinâmica social.

“O Faial tem metade da população que era necessária para o seu crescimento. Isto, naturalmente, reflete-se na igreja porque as paróquias estão desertas o que não contribui para um dinamismo que era desejável” sublinha D. João Lavrador destacando o problema da natalidade e da fixação das pessoas na ilha, sobretudo os mais jovens. E dá como exemplo o problema da pastoral juvenil “que não é fácil de solucionar com tanta falta de jovens”.

“No geral das paróquias a prática religiosa dominical tem decrescido, com alguma preocupação; a frequência situa-se nos 20%”, precisa.

No entanto, e depois de tantas visitas e de contactos com tantas pessoas, adianta D. João Lavrador “nota-se uma formação cristã de base que vem do passado e que revela uma tradição que animou e continua a animar as pessoas e as paróquias” que estão “bem organizadas com as suas estruturas montadas e a catequese, sobretudo a catequese, bem alicerçada”.

O bispo de Angra ainda fará este ano uma visita pastoral ao Pico. Para o ano está agendada uma visita pastoral a São Miguel.

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