A fé é o bem mais precioso que o cristão pode ter porque resulta de um verdadeiro encontro com Cristo, disse bispo auxiliar de Braga

D. Nuno Almeida presidiu este domingo à Missa vespertina da festa do Senhor Bom Jesus Milagroso, na ilha do Pico

A fé é o caminho que liberta do pecado, da tristeza, do vazio interior e do isolamento e, por isso, é a maior graça de Deus, afirmou esta noite no Pico o bispo auxiliar de Braga, D. Nuno Almeida, que preside às festas do Senhor Bom Jesus Milagroso que têm como mote inspirador a mensagem “há mais alegria em dar do que em receber” (At20,35).

“A verdadeira alegria, ensina-nos o Bom Jesus é fruto do amar sem medida até ao fim. A alegria que Jesus nos dá enche o coração e a vida” sublinhou o prelado nas palavras de abertura da Missa vespertina desta festa que chama à ilha montanha milhares de forasteiros, sobretudo das ilhas vizinhas e também da diáspora.

Na homilia da missa concelebrada por vários sacerdotes, entre eles o Vigário Episcopal para o Ocidente, Pe. João Neves, o vice-reitor do Seminário Episcopal de Angra, cón. Ricardo Henriques e o Reitor do Santuário do Senhor Bom Jesus, Pe. Marco Martinho, D. Nuno Almeida lembrou que a verdadeira alegria brota do encontro com Cristo que nos dá o essencial para a vida: “alegria e esperança”.

Num alusão clara aos dias de hoje, em que nada basta, o prelado de Braga lembrou a importância da fé como `bem´ essencial  para ultrapassar as dores da vida.

“A obra de Deus, a obra que Deus espera de nós, e a mais fundamental, é mesmo a fé” disse D. Nuno Almeida destacando que esta obra “consiste em acreditar, em confiar e, deste modo, alimentar e fortalecer a nossa esperança no futuro; não num futuro, que Deus constrói connosco, de mãos dadas”.

“A dinâmica da fé não é a de ver para crer, mas a de crer para ver coisas grandes, belas e perenes” acrescentou frisando que não se trata de “magia” mas de graça e dom de Deus que exige esforço e compromisso na resposta humana.

“Trata-se de assumirmos, nas mil e uma tarefas do viver quotidiano, ou na situação de doença, de falta de forças, de vazio interior, a sua entrega de amor: expressa na imagem do Senhor Bom Jesus Milagroso” acrescentou.

Deste modo, “trabalhamos pelo pão de cada dia, sem deixar morrer a fome daquele outro Pão, que dura para a vida eterna! Esse é o milagre, que aprendemos e contemplamos na transformação misteriosa do Pão e do vinho, na própria Eucaristia” concluiu o prelado.

Na missa vespertina, durante a qual foi administrado o sacramento da Santa Unção, o prelado lembrou os doentes e contou a experiência pessoal que viveu no inicio do ano sublinhando que em caso de doença só há dois caminhos para obter a cura e o alívio: “o da fé e o da ciência”.

“Os outros (caminhos) são atalhos e quem se mete em atalhos, mete-se em muitos trabalhos”, disse ainda.

As festas do Senhor Bom Jesus Milagroso, no Pico arrancaram no dia 27 de julho, com o novenário pregado pelo cónego Ricardo Henriques e têm no dia de amanhã a sua maior expressão.

O dia 6 de agosto, em que os funcionários da administração publica regional na ilha gozam de tolerância de ponto, começa com  Alvorada pela Filarmónica Lira de São Mateus. A solene concelebração eucarística, presidida por D. Nuno Almeida, terá lugar às 16h00; segue-se o desfile de filarmónicas e a solene procissão. A festa termina com dois concertos pelas  Filarmónica União Faialense e  Filarmónica União Artista de São roque.

As festas do Senhor Bom Jesus encerram no dia 7 de agosto, com a Eucaristia com a Transladação da Veneranda Imagem do Senhor Bom Jesus Milagroso para a Sua Capela, às 19h30; um concerto da Tuna da Escola de Música do Centro Social e Cultural da Silveira seguido de outro concerto pela  Filarmónica Lira Fraternal Calhetense.

 

 

 

 

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