Administrador Diocesano faz “nomeações necessárias” para evitar deixar “o Povo de Deus como ovelhas sem pastor”

Novas colocações acontecem apenas em São Miguel, por “motivos de força maior”

Em “sede vacante” desde 21 de setembro de 2021, altura em que foi conhecida a nomeação de D. João Lavrador para bispo de Viana do Castelo, e a cerca de um mês e meio da abertura normal do ano pastoral na diocese de Angra são agora conhecidas as “necessárias nomeações” para o ano que se inicia no primeiro fim de semana de outubro.

Depois de ter pedido a todos os sacerdotes que terminaram as suas provisões para se manterem em funções até à chegada de um novo bispo- o Administrador Diocesano não tem formalmente, para já,  competências imediatas para proceder a nomeações de novos párocos-, o cónego Hélder Fonseca Mendes acaba de comunicar as “nomeações necessárias para o próximo ano pastoral de 2022-2023”, nomeando apenas administradores paroquiais.

“Recentemente ficaram vagas várias paróquias e outros oficios na ilha de São Miguel, por imposição da realidade e por motivos de força maior” avança o sacerdote numa carta dirigida a todos os diocesanos.

“Sem termos a noção do termo da sede vacante, a não deixar o Povo de Deus como ovelhas sem pastor, sem remover párocos, sem alterações noutras ilhas, torna-se necessário nomear de imediato, com efeitos a partir dos atos de tomada de posse, os titulares para os respetivos ofícios até que o futuro bispo de Angra ou o Administrador Diocesana disponham diversamente”, escreve na nota enviada ao Igreja Açores.

Assim, na ouvidoria de Ponta Delgada, o Padre Norberto Brum, pároco da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e atual diretor do Serviço Diocesano da Pastoral Juvenil vai ficar também responsável pela Pastoral Universitária, já que o atual diretor, padre Paulo Vieira, padre dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) regressará ao Continente para serviços na sua congregação. Ainda nesta ouvidoria, monsenhor José Medeiros Constância é reconduzido como diretor do Instituto Católico de Cultura, acumulando com os Serviços Diocesanos da Pastoral familiar, da Cultura e do Ecumenismo.

Na ouvidoria da Lagoa é nomeado Administrador Paroquial de Nossa Senhora do Rosário, o padre João Silva, até agora vigário paroquial na Matriz de Ponta Delgada.

O padre Ricardo Tavares, que esteve de licença para ocupar um cargo político de Diretor Regional da Cultura, regressa agora e é nomeado Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora das Necessidades, na Atalhada.

Na ouvidoria da Ribeira Grande, é nomeado Administrador Paroquial da Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Rabo de Peixe, o padre Nuno Sousa, que esteve até agora como Vigário Paroquial de São Miguel Arcanjo, São Pedro e São Lázaro, em Vila Franca do Campo. Regressa igualmente à diocese o padre João Chaves, sacerdote do Sagrado Coração de Jesus, que é nomeado capelão do Mosteiro das Clarissas, nas Calhetas.

Na ouvidoria da Povoação entra o padre Francisco Zanon, que é nomeado Administrador Paroquial das paróquias de Santa Ana, nas Furnas e de São Paulo na Ribeira Quente, substituindo o padre Ricardo Pimentel.

Por fim, na ouvidoria de Vila Franca do campo entra como Vigário paroquial das paróquias de São Miguel Arcanjo, São Pedro e São Lázaro, o padre Nelson Vieira.

O Administrador Diocesano agradece aos presbíteros “que terminaram os ofícios agora vagos” e aos que aceitaram as novas colocações, a quem deixa o “reconhecimento pelo cumprimento da palavra e da entrega na ordenação para a missão profética, sacerdotal e real, de servir o povo quando carece de um pastor próprio”.

Deixa, ainda, uma palavra “ao Povo de Deus” que recebe os novos padres para que reze “com eles e por eles”, que os “acolham bem na fé e no amor, como pais, como irmãos mais velhos ou como filhos mais novos”.

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