Agentes católicos reúnem-se para «recentrar» prioridades das migrações

Encontro nacional em Tomar dominado pelos novos problemas da emigração portuguesa.

Os responsáveis pelos diversos secretariados e capelanias diocesanas ligadas à área das Migrações estão reunidos em Tomar, na Diocese de Santarém, para darem um novo impulso à sua ação.

 

Em declarações à Agência ECCLESIA, o frei Francisco Sales, diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações, realça a importância do encontro para “recentrar” as prioridades dos agentes pastorais que trabalham neste setor, que mudaram com o “grande movimento migratório” para o exterior, provocado pela crise.

 

Segundo o responsável católico, a ação da Igreja, que esteve “durante bastantes anos” centrada “na questão da imigração para Portugal”, tem agora de se inteirar melhor acerca da realidade da emigração.

 

Apesar de, em termos numéricos, o movimento de portugueses para o exterior ser comparável ao que sucedeu entre as décadas de 50 e 80 do século XX, “os problemas são diferentes, a realidade é diferente”.

 

Por isso, uma das grandes apostas da Obra Católica das Migrações foi trazer para o encontro nacional alguns responsáveis pelas comunidades emigrantes portuguesas no estrangeiro para que, com base no seu testemunho, a Igreja Católica possa “ir ao encontro das reais necessidades” dessas pessoas.

 

Destaque, entre outros, para a participação do padre Gilberto Lage, que veio da África do Sul para falar sobre o quotidiano da Paróquia de Santa Maria dos Portugueses, em Pretória.

 

O frei Francisco Sales sublinha ainda a necessidade de alterar a orgânica de apoio à diáspora portuguesa, ainda “muito centrada nos sacerdotes”.

 

“Hoje há que apostar muito mais nos leigos, nas pessoas capacitadas para prestar alguns serviços pastorais e sociais nas comunidades”, até porque é cada vez mais “difícil encontrar sacerdotes para irem trabalhar nas missões”.

 

‘Longe é mais perto do que imagina’ é o lema que rege os trabalhos da reunião nacional dos Secretariados Diocesanos de Migrações e Capelanias de Imigrantes, em Santa Iria, na localidade de Tomar.

 

A iniciativa conta com a participação de D. António Vitalino, bispo de Beja e vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, e D. Manuel Pelino, bispo de Santarém.

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