Árvore e presépio falam ao «coração» de todos, independentemente da sua fé

Francisco sublinhou importância dos símbolos que evocam o nascimento de Jesus

O Papa afirmou hoje no Vaticano que os símbolos natalícios evocam o “mistério” do nascimento de Jesus e falam ao “coração de todos”, por causa dos valores que representam.

“O presépio e a árvore tocam o coração de todos, mesmo dos que não creem, porque falam de fraternidade, de intimidade e de amizade, chamando os homens do nosso tempo a redescobrir a beleza da simplicidade, da partilha e da solidariedade”, declarou, perante as delegações das regiões italianas que ofereceram este ano ao Vaticano estes dois símbolos.

A iluminação da árvore de Natal e a inauguração do presépio na Praça de São Pedro vão decorrer esta tarde.

Segundo o Papa, estes sinais exteriores são “um convite à unidade, à concórdia e à paz”, para que se deixe espaço a Deus na “vida pessoal e social”.

“O presépio e a árvore trazem, por isso, uma mensagem de luz, de esperança e de amor”, precisou.

Francisco recordou que a Praça de São Pedro é admirada por “numerosos peregrinos, vindos de todas as partes do mundo”, durante o tempo de Natal, elogiando a “tradição e a espiritualidade” de Catanzaro, na Calábria, que oferece a árvore, e de Verona, de onde vem o presépio.

“Os valores do Cristianismo fecundaram, de facto, a cultura, a literatura, a música e a arte das vossas terras; ainda hoje, esses valores constituem um património precioso a conservar e transmitir às gerações futuras”, concluiu.

A árvore de Natal, com 25 metros de altura, é proveniente da região italiana de Calábria, a cerca de 500 quilómetros de Roma; tem a particularidade de ter um tronco “gémeo”, ou seja, dois troncos unidos.

A recriação do nascimento de Jesus é constituída por cerca de vinte personagens esculpidas em terracota e em tamanho natural, com roupas e acessórias capazes de resistir ao mau tempo, dispensando por isso uma cobertura.

A obra inspira-se numa apresentação cénica da ópera do século XIX ‘Elisir d’amore’, de Gaetano Donizetti.

CR/Ecclesia

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